(I will be your sword and shield, your camouflage and you will be mine. Echoes of the shots ring out, we may be the first to fall)
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Eu sabia que algo estava errado. Não posso afirmar que meu sexto sentido é aguçado, mas com o tempo, trabalhando na área em que trabalho, a lógica começa a fazer parte.
Quando Rebecca e Richie saem simultaneamente do ambiente, com uma expressão diferente à satisfação que apresentavam antes, começo a desconfiar. Quanto mais o tempo passa sem que eles retornem, deixo de estar desconfiada para ficar genuinamente preocupada.
Irin anda em círculos pelo salão, indo de uma ponta a outra e trocando palavras rápidas com diferentes pessoas. Posso imaginar que esteja procurando pelo noivo, pois a cada vez que balançam a cabeça negativamente em resposta, ela faz com que sua feição se demonstre aflita.
Acompanho cada vez que Irin olha para os sogros e transmite a mensagem, também balançando a cabeça em negativa. Eles aparentam não estarem em pânico, apenas curiosos. Apesar disso, compactuo com a preocupação dela e resolvo me aproximar.
— Olá, Irin. Tudo bem? — Tento abordá-la da maneira mais sútil possível.
— Oi, Sarocha. Estou bem e você? — Sua resposta vem no piloto automático.
— Está tudo bem mesmo? Você parece aflita. — Sei que não temos intimidade, mas preciso saber se minha intuição estava equivocada.
— Ah... Sim. Está tão nítido assim? Richie e Rebecca saíram já faz algumas horas. Esse evento é tudo para eles e não estou entendendo terem se ausentado tão de repente. Não soube de nada que justificasse eles ficarem tanto tempo fora. Você sabe se algo deu errado? — Imagino que se existisse alguém que saberia sobre algo que não ocorreu como esperávamos, com certeza seria eu.
— Pois é... Vi sua preocupação e preciso dizer que também compartilho dela. Não aconteceu nada, tudo está ocorrendo perfeitamente bem e as coberturas que tivemos são todas positivas. Imaginei que você pudesse saber de algo também, mas acho que já esperamos o suficiente para procurar, né?
— Hum, se você não sabe, realmente... Acho que podemos buscar. Já tentei ligar, mas deu desligado, ambos.
— Acho que não é uma boa ideia sairmos as duas atrás deles. Eu posso ir e você fica aqui, caso eles apareçam. O que acha? E se eles voltarem, basta me ligar que volto. — Minha proposta parece agradá-la, pois um breve sorriso se monta em seu rosto apesar da inquietude.
— É uma ótima ideia, Freen. Vou continuar conversando com as pessoas, talvez tenham visto qualquer coisa. O roteiro foi finalizado, certo? Cumprimos o cronograma? — Acho impressionante como ainda em que momentos de caos os Armstrongs conseguem se manter atentos às responsabilidades da companhia.
— Sim. Perfeitamente. Agora é apenas servir até o último convidado ir embora. Fique tranquila. Vou buscá-los. Vi que saíram por aquela porta, certo? — Ao fundo do salão existem duas portas. Uma grande que leva diretamente para cozinha e outra para as escadas. Eles foram pelas escadas.
Estou bastante inquieta. A preocupação latente se torna mais aparente conforme o tempo passa e não consigo nenhuma notícia. Demoro alguns minutos para alcançar o outro lado do salão, desejando que meu caminhar lento os dê tempo suficiente para retornar. Nunca me imaginei sendo neurótica demais. Afinal, o que poderia dar errado em um evento como esse, com dois bilionários? Nada. Eles com certeza têm um bom motivo para terem se ausentado. Talvez a falta de conhecimento é o que esteja me matando e causando tanta aflição. A caixa de surpresas que Rebecca é acaba me obrigando a ser desconfiada o tempo todo. Nunca sei o que ela fará a seguir.
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SECRET
FanfictionNão ter orgulho do passado não é um problema. Difícil é ter que encará-lo após tantos anos fugindo. E quando você finalmente resolve aceitar, o coração tem escolhas completamente diferentes.