⛈️Capítulo IX.

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(We both know things don't work that way. I promised I wouldn't say goodbye)

Desde que passei a responder por mim mesma, minhas decisões têm sido uma sucessão de escolhas ruins. Basta estar em uma situação conflitante que opto sempre pelo pior caminho. Dessa vez não foi diferente.

Esbarrar com Rebecca nos corredores do Hotel, descobrir que ela mora há poucos metros de distância de mim e entender, de uma vez por todas, que as emoções que compartilhamos foram recíprocas, me deixou fora do eixo. Quando estou desnorteada é quando erro mais. Por isso, quando coloco meus pés para dentro do restaurante e observo ao fundo uma Nita completamente ansiosa aguardando por mim, vejo que mais uma vez fiz algo que não deveria.

Penso várias vezes antes de entrar, calculando bem cada um dos meus passos, escolhendo as palavras para justificar porque esse encontro é uma má ideia. Respiro fundo, conto até 3, decido estender a contagem. 10, 11, 12...

A notificação em meu celular me deixa definitivamente sem saída

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A notificação em meu celular me deixa definitivamente sem saída. Sou obrigada a entrar.

Me aproximo da mesa de Nita, determinada a não permanecer ali, contudo, seus planos são diferentes. Antes que eu a alcance, ela se levanta e corre em minha direção, jogando os braços em volta do meu pescoço, depositando beijos por todo meu rosto e descansando a face em lágrimas em meu ombro.

Eu estava tão preocupada. Senti tanto sua falta. Achei que nunca mais fosse te ver. — Sua voz embargada sai com dificuldade, pois as lágrimas não cedem.

O seu abraço não me parece ter o mesmo sentido. Apesar de tê-lo feito tantas vezes, não soa certo quando o retribuo. É diferente, como se não a reconhecesse, tampouco seus toques. Meu coração parece não se lembrar de que um dia a amei.

Utilizo minhas mãos contra seus cotovelos para afastá-la. Não posso deixar de nutrir o carinho de sempre, então limpo as lágrimas que escorrem com a ponta do meu indicador. Ela sorri, ameaçando se aproximar novamente e antes que o faça puxo a cadeira para que se sente, fazendo o mesmo ao lado oposto da mesa.

Como você está, Nita? — É tudo que consigo dizer, ainda sem acreditar que me deixei levar por minhas emoções.

Agora que estou te vendo, com certeza estou tendo o melhor dia dos últimos 5 anos. — Ela sorri de orelha a orelha e coloca a mão sobre a mesa, pedindo passagem até a minha.

Fico feliz em te ver bem... Queria poder ficar mais, mas tive uma emergência e preciso ir. — Digo já me antecipando em afastar a cadeira, porém sou interrompida pelos dedos de Nita entrelaçando aos meus.

Não fuja novamente, Freen... Por favor. Vamos conversar. — A extensão de seus dedos apertam contra os meus ao falar e a sua voz se entristecendo me atinge no peito.

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