🌤️Capítulo XXV.

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(She says, I think he did it, but I just can't prove it)

Parecia inacreditável acordar naquela manhã, resultado de uma noite sem dormir, cada músculo do meu corpo exausto. No entanto, mesmo saindo da cama como se estivesse sendo arrastada, a visão de Rebecca dormindo tranquilamente fazia meu coração pulsar descompassadamente. Eu ainda não havia me acostumado com as sensações que ela me causava.

Tudo parecia um sonho do qual não queria despertar. Horas se passaram desde que ela expressou seu amor abertamente, e ainda assim parecia surreal. Foi além das minhas expectativas, não apenas me apaixonar, mas ser correspondida por alguém como ela.

Tenho certeza de que, ao longo desses meses, tentamos ao máximo nos afastar, não permitir que os sentimentos superassem a razão, e, felizmente, não conseguimos mudar o curso dessa história.

Os braços calorosos que envolvem minha cintura me fazem sorrir de orelha a orelha, mais um efeito exclusivo dela. Seu queixo repousa em meu ombro, meu rosto se vira em sua direção para selar seus lábios.

Bom dia, baby. — Digo contra sua boca, com nossas testas unidas. Seus olhos brilham em resposta.

Bom dia, amor. O que você está fazendo? O cheiro está ótimo. — Ela fecha os olhos ao inspirar profundamente.

Preparando seu café da manhã. — Seus olhos estão arregalados, completamente surpresa, o que me faz rir baixinho. — Não se preocupe, seu chá com leite está pronto também... — A notícia faz com que seus braços se apertem mais ao meu redor. Ela afunda o nariz em meu pescoço e absorve cada parte do meu cheiro, distribuindo beijos vagarosamente por toda a lateral do meu rosto. — Acordou animada? — Sua empolgação matinal sempre me contagia.

Seus dedos deslizam lentamente pela minha nuca após se soltarem de mim. A ponta do seu nariz percorre a região tão devagar quanto o movimento anterior, causando-me arrepios e fazendo meus ombros se encolherem.

Sarocha, Sarocha... Não há um dia em que eu esteja ao seu lado e não esteja animada. — Não esperava por essa resposta e, quando a recebo, me derreto inteira. Largo os utensílios na bancada da pia e viro em sua direção, lançando os braços ao redor do seu pescoço e a empurrando até encostar na ilha no centro da cozinha.

Ela sorri delicadamente, e sou obrigada a lhe dar o melhor beijo matinal possível.

Todos os nossos beijos pela manhã serão assim? — Ela limpa a marca do batom borrado ao redor dos lábios.

Se depender de mim... — Não resisto a provocá-la um pouco mais, e minha resposta segue o movimento da minha boca contra a região do seu pescoço. Minhas mãos descem pela lateral do seu corpo até se encaixarem em sua cintura. Faço pressão, fazendo-a se sentar na ilha. Coloco-me no espaço agradável entre suas pernas e volto a beijá-la. Suas mãos seguram firme em meu rosto, controlando nossos movimentos. Minha língua a invade, explorando cada canto dela. O ritmo se torna mais intenso, nossos lábios abrindo cada vez mais em desejo. Conforme nos aprofundamos naquele momento, minhas mãos, que repousam contra sua coxa, pressionam a extensão dos dedos contra a pele branca e delicada. Ela desliza sobre o mármore, tentando se fundir a mim.

Vários selinhos distribuídos ao redor da sua boca são meu sinal para encerrar o beijo. Preciso me controlar, ou nunca vamos sair daquela casa.

Não quer me fazer um novo convite? Se as noites com você serão como essa que passou e as manhãs assim, não vejo a hora de você me convidar sempre. — Sua brincadeira me faz repreendê-la com um tapa leve na perna, e, em resposta, ela dá um sorriso sapeca, prendendo a língua entre os dentes.

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