✨Capítulo XXI.II

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(Let our bodies soak in the sun, there's no need to run)

Inalava profundamente o cheiro do cabelo no qual estava afundada. Acordar estava sendo diferente. O corpo quente colado ao meu trazia lembranças da noite que passei em claro, desfrutando das melhores sensações possíveis. Não existem palavras capazes de definir como foi abrir os olhos e poder admirar Freen Sarocha nua, descansando em meus braços confortavelmente.

Tento me desvencilhar com cautela, tirando meus braços do abraço terno sem acordá-la. Cubro meu corpo com o roupão jogado de lado, resultado da nossa incapacidade de permanecermos vestidas. Saio do quarto na ponta dos pés, buscando pela Villa sinal de algum funcionário para nos servir o café da manhã. A madrugada acordada me deixou faminta.

Deixo a comida sobre a mesa em frente ao sofá. Por mais fome que estivesse sentindo, me recusava a não desfrutar daquele momento ao lado dela. Estava disposta a esperar pacientemente. O problema maior era que apenas alguns minutos distante já tinham feito com que eu experienciasse uma saudade absurda. Por isso, enquanto estava ali de pé, observando-a dormir despreocupada, ficava no dilema entre acordá-la ou deixar que continuasse descansando. Obviamente não havia espaço para meu egoísmo naquela relação.

Passo rapidamente pelo banheiro, despertando meu corpo com uma ducha gelada para, imediatamente após, entrar silenciosamente na piscina, indo de uma ponta a outra para acalmar a ansiedade latente. Meu corpo se estica o máximo possível, a dor muscular se dissipando gradualmente. Perco a noção do tempo, minha mente divagando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.

Um movimento diferente na água chama minha atenção, fazendo meus olhos se abrirem ainda submersos para me deparar com dois pés balançando calmamente. Subo meu corpo para a borda, sorrindo de orelha a orelha por vê-la ali.

Bastou insinuar minha aproximação para que Freen cedesse um espaço para mim entre suas pernas. Me recebia com os olhos satisfeitos, como se me agradecesse por tudo que aconteceu entre nós durante a noite. Seu sorriso era gentil, convidativo para me acomodar.

Minhas mãos se apoiam em suas coxas, seu tronco desce em minha direção para depositar um beijo demorado em meus lábios. — Bom dia, baby. — Troco o apoio das mãos para a borda da piscina, saindo da água e fazendo força para acompanhá-la. Quando meus braços cedem, deixo um beijo rápido em seu pescoço.

Bom dia, baby. Dormiu bem? — Repouso minha cabeça em sua perna e seus dedos começam a acariciar meu cabelo gentilmente.

Acho que nunca dormi tão bem... — Ela se abaixa e deixa um beijo em minha testa. — E você? — Ela continua distribuindo carinhos por mim. Estou deitada em seu corpo nu, levemente molhado pela ducha que tomou e sinto que estou lutando contra mim mesma.

Dormi e acordei bem também. Você estava dormindo tão linda. Te ver logo pela manhã com certeza fez meu dia começar muito melhor. — Cruzo meus braços, apoiando meu queixo em minhas mãos, encarando-a profundamente.

Até o som da sua risada breve é encantador. — Devo dizer o mesmo. Nunca imaginei acordar e ter uma visão maravilhosa dessa. — Ela morde os próprios lábios logo após passar os olhos pelo meu corpo nu, parcialmente exposto acima da água.

Hum. Você gosta do que vê, então? — A minha voz se torna mais rouca, quase inaudível, do jeito que sei que a descontrola.

Uhum. Muito. — Sua língua dança por seus lábios e logo após dentro da sua bochecha. Ela sabe que é minha perdição.

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