✨Capítulo XXI.

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(I'm good on my own, but with you I'm something else)

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Eu não vou conseguir. Vocês podem ir sem mim. — Richie estava destruído, inteiramente a ponto de desistir. Não consigo mensurar o quanto bateram nele. Ao mesmo tempo, Rebecca tinha um dos braços coberto de sangue. Apesar do tiro ter passado de raspão, o estrago aparente era doloroso de se assistir.

Você vai sim. Nós vamos. Os três, juntos. Tá bem? — Tento passar para eles a motivação que falta para mim mesma. — Srta. Armstrong, vou te pedir desculpa antecipadamente pelo meu próximo ato... — Antes que tivesse tempo para responder, levo as mãos até a calda do vestido e estico uma parte do pano, fazendo com que se rasgue. Uso o tecido para estancar o sangramento do seu braço. Repito o procedimento para fazer uma tipoia improvisada para o braço quebrado de Richie. — Agora podemos ir. — Estendo a mão para o rapaz na expectativa de que ele consiga reagir.

Freen. — A seriedade repentina no tom de voz de Rebecca ao me chamar me causa certo desconforto.

Sim?

Por que está me chamando de Srta. Armstrong? — Seu questionamento é tão inesperado quanto. Não consigo respondê-la. Olho para Richie, na intenção de interpretar suas opiniões a respeito disso.

Foi automático, desculpe. — Apesar de ainda estar inconformada, Rebecca ignora a presença do irmão e se aproxima de mim. Afasta minha mão de Richie e encaixe seus dedos entre os meus. Encosta a testa na minha, com a respiração pesada, como se precisasse de alguns segundos a mais para se recuperar.

Novamente somos surpreendidas pela batida agressiva da porta de acesso às escadas.

Precisamos de um plano. — Estamos com pressa, correndo contra o tempo, lutando por nossas vidas, e, ainda assim, ela não se afasta. Ergo meu olhar sobre o seu ombro, observando a placa "5º andar" que está disposta atrás dela, com uma seta indicando o próximo lance de escadas.

Em uma atitude impensada, desamarro o pano do braço de Rebecca e o esfrego mais sobre a ferida, até que o sangue o encharque ainda mais. Seu desconforto é nítido a cada toque feito no local. Me certifico de que está suficientemente sujo. Desço alguns degraus com bastante pressa e aproximo da grade de contenção. Esfrego o pano por ela, desço mais um pouco e esfrego contra o corrimão. Após, lanço o tecido para baixo, provavelmente alcançando o 2º andar. Providencio meu retorno com a mesma celeridade da descida.

Estou impressionada. Se você soubesse o quão sexy fica sendo tão inteligente assim, teria pena de mim. — Não sei o que me espanta mais, sua facilidade para brincar em um momento tenso como esse ou novamente estar ignorando o irmão praticamente desmaiado, mas que permanece sendo uma testemunha da nossa intimidade. Respondo com a cabeça balançando negativamente, repreendendo-a.

Você não tem jeito. Vamos, me ajude aqui. — Fico do lado oposto ao seu machucado, apoiando Richie em mim e deixando com que ela o segure em seu ombro bom. Descemos os próximos degraus, até a porta de acesso ao 5º andar. Deixo Rebecca responsável pelo rapaz enquanto com todo cuidado tento fechar a porta pesada sem deixá-la bater e não chamar atenção. Infelizmente os dois se desequilibram e para segurar sou obrigada a soltar o peso que bate com bastante força contra o marco. Posso jurar ter ouvido as botas baterem com mais velocidade.

Os irmãos vão andando lentamente atrás de mim, que estou correndo por todo o corredor e checando todas as portas para verificar se alguma delas está aberta. Agradeço milhões de vezes quando aperto a maçaneta e não ouço barulho da tranca. Espero que seja uma boa ideia, pois é a única opção que temos. Volto em direção aos Armstrongs, apoiando para que seus passos se tornem mais velozes. Precisamos alcançar o quarto antes dos capangas aparecerem ali.

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