Capítulo 76

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Fico olhando o Ohm analisando dois relatórios de uma vez e comparando com os dados dados do computador, é impressionante como ele gosta de tudo isso, eu faço porque tenho que fazer, afinal a empresa vai acabar sendo minha, mas ele não, da pra ver a paixão a cada coisa nova que ele aprende, cada ideia que tem, cada projeto que concluímos. Ele definitivamente nasceu pra isso.
- Você está fazendo de novo, não está? Me olhando.
- Acho que estou apaixonado.
Ele me olha surpreso, então ri.
- Se você soubesse como essa frase me traumatizou não ficaria falando assim.
- Se você não se lembra a primeira vez que eu me declarei eu também usei essa frase.
- Você está certo. Eu amo essa frase, fala de novo?
- Eu te amo!
O sorriso dele fica maior, ele se levanta e vem até a minha mesa, vira a minha cadeira e me beija.
- Você já revisou todos os contratos?
- Já, eu vou ter que ir conversar com o velho sobre dois que estão com cláusulas divergentes.
- Quer que eu vá com você?
- Não precisa, termina de revisar os relatórios.
Ele me olha preocupado e eu beijo ele.
- Vai ficar tudo bem, você sabe que o velho está tranquilo agora.
Ele suspira e concorda.
- Volta logo, eu vou morrer de saudades.
- Eu volto.
Ele me beija mais uma vez e se afasta, eu pego os contratos e vamos até a porta, ele segura a maçaneta, olha para mim, sorri e tranca.
- Ohm, nós já conversamos sobre isso.
- Eu sei.
Ele me encosta na parede, se ajoelha e abre o zíper da minha calça, tira o meu pênis para fora e começa a me chupar.

Terminamos de revisar o contrato, o meu pai entrega eles com as anotações para o Sam que vai levar para o departamento jurídico, olho para ele que parece cansado.
- Como você está, velho?
- Estou bem, é só coisas da idade.
- Você devia começar a trabalhar menos, só no período da manhã ou da tarde, ou apenas umas duas ou três vezes por semana, nós podemos passar os relatórios e fazer as reuniões por chamada de vídeo ou até mesmo ir na sua casa.
- Talvez, garoto, eu vou considerar isso. Ja saiu o resultado da fertilização?
- Ainda não, vamos lá na clínica em três dias.
- Bebês feitos em laboratório... acho que estou velho mesmo. Como vocês estão, você e o Pawat?
- Estamos bem, ele vai fazer a avaliação prática pra licença da lancha na semana que vem, vamos levar você e a mãe qualquer dia para um passeio para agradecer o presente.
Ele me olha e da risada.
- Sabe que eu sempre quis te dar essas coisas, mas você não se interessa por nada, fico feliz que o garoto mal educado saiba apreciar um bom presente.
Eu tento ignorar a parte ofensiva e focar no resto.
- Ele realmente gostou de cada um dos presentes que você deu.
- Que bom.
A porta abre e o Sam entra.
- Está na hora.
- Ah, sim, claro. Eu tenho que sair agora garoto.
- Está tudo bem?
- Está sim, só vou fazer aqueles exames periódicos.
- Precisa de companhia?
Ele me olha surpreso e sorri.
- Não se preocupe com esse velho, filho, a sua mãe está indo junto.
- Tudo bem, se precisar de alguma coisa pede para o Sam avisar para mim ou para o Ohm.
Eu olho para o Sam e ele acena.
- Já falei pra não se preocupar comigo, vai lá cuidar do seu marido.
Ele aponta para a porta várias vezes e eu me viro.
- Me avisa se precisar, Sam.
- Tudo bem.
Eu me despeço e saio e volto para a minha sala.

Ficar assistindo o Ohm jogando futebol devia me liberar de algumas sessões de terapia, eu mesmo fico impressionado por não entrar no campo e arrebentar a cara de quem toca nele ou pior, quem machuca ele, mas eu disse que ia ficar bem se ele entrasse para o time dos amigos e que ia apoiar ele, então aqui estou eu com todo o meu auto controle, torcendo enquanto tento controlar os tremores.
Vejo ele correndo em direção ao gol, o Joong faz um sinal para ele passar a bola, na hora que ele chuta alguém da uma rasteira e ele cai no chão.
Eu me levanto e vou na sua direção, mas ele me olha e faz um sinal para eu saber que está bem. Eu fico na beira do campo, coloco as mãos para trás do corpo e pressiono o meu polegar, primeiro um e depois o outro, isso ajuda um pouco com a ansiedade.
O Ohm pega a bola e se prepara pra bater o pênalti, quando faz o gol corre até mim e me beija.
- Você está bem?
Eu sorrio e aceno.
- Estou bem, só estava preocupado. Volta pro jogo.
Ele me beija mais uma vez, volta para o campo e eu volto para o meu lugar para não desconcentrar ele.
Quando a partida termina todos eles vem na minha direção, eu dou uma garrafa de água e uma toalha para o Ohm e ele pega a bolsa.
- Não vai ficar pra aula, Ohm?
Ele me olha e sorri, então olha para o Pond.
- Hoje não, eu vou comemorar com o meu marido.
Eles brincam com ele um pouco, então nos despedimos e vamos embora.

Chegamos em casa e vamos direto para o banho, o Ohm está todo suado, eu pego o sabonete e lavo ele, enquanto ele me observa sorrindo.
- Você joga bem.
Eu olho nos seus olhos e ele me beija.
- Não tinha muito o que ficar fazendo em casa quando eu era mais novo porque nós sempre estávamos sozinhos, então participava de vários clubes na escola, a maioria esportes, a Lew era líder de torcida e as líderes sempre estavam por perto, então era bom pra eu ficar de olho nela.
- Entendi.
Eu continuo lavando ele com calma e ele continua me olhando, quando eu estou esfregando a sua barriga ele segura a minha mão e desce até o seu pênis.
- Porque você não cuida disso aqui primeiro, Vizinho?
Eu seguro o seu pênis e começo a masturbar, paro e viro dele, beijo as suas costas e o seu pescoço, aproximo o meu corpo do dele e beijo o seu pescoço mais uma vez.
- Hoje eu vou te dar uma recompensa por ter vencido, marido.
Eu entro com tudo e ele geme alto.
- Porra, Vizinho!

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