Capítulo 67

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Passo o dia inteiro no escritório com os Chimon revendo tudo para a inauguração dos quiosques, enquanto o Ohm está com o Perth visitando cada um deles, ele queria que eu fosse junto, mas não seria produtivo.
A equipe de marketing está acompanhando ele para colocar os materiais de divulgação, muita gente junto, isso com certeza seria uma pessoa ideia.
No final do dia o Ohm passa me buscar e nós vamos até o salão de eventos onde será a festa de lançamento.
Quando chegamos eu paro na porta e olho em volta.
- Quem deixou a minha mãe fazer todo sozinha?
O Ohm da risada, segura a minha mão e me beija.
- Acredite, ela não está sozinha.
Andamos pelo salão e eu vou olhando para tudo o que foi feito, a minha mãe transformou o salão em um grande camarim, balcões com espelhos com lâmpadas em volta por todo o salão, no palco eles montaram as mesas onde os jogadores vão jogar. Para a divulgação foi feita uma campanha para compra nas lojas oficiais e 20 fãs foram selecionados para jogar com a equipe, quatro fãs com cada gamer. A partida será transmitida no telão que tem atrás, pelo menos isso ficou do jeito que eu pedi.
- Bebê!
Eu suspiro e olho na sua direção.
- O que você fez aqui mãe?
- Você não gostou bebê? É perfeito. Ali naquele balcão nos vamos ter maquiadores e cabeleireiros, nós combinamos com os fãs e os jogadores e ninguém vem maquiado, eles vão se maquiar aqui com os nossos produtos e nós vamos colocar na internet como vocês fazem com os jogos.
- Transmitir.
- Isso. Durante o evento nós vamos sortear brindes para os fãs de vocês que comprarem nos quiosques inaugurados e eles vão ganhar os posteres de vocês autografados. Falando nisso, se não quiser vir assinar com os outros fala pra levarem para você assinar.
- Tudo bem, mãe.
- Ficou ótimo, Ning.
- Você gostou mesmo, pãozinho?
- Tenho certeza que será um sucesso.
Ela sorri e sai andando na direção de dois homens que se aproximam com algo que parece um objeto de tortura.
- Coloquem o secador de cabelos ali, por favor.
Eu olho para o Ohm.
- Acho que a minha mãe tem tudo sob controle, vamos pra casa?
Ele olha em volta e olha pra mim.
- Tem certeza?
Eu sorrio e olhando nos seus olhos eu grito.
- Mãe, vai precisar de nós?
- Não, bebê, pode ir para casa descansar.
Ele sorri e me beija, então segura a minha mãe e vamos para a porta.
- Ning, se precisar de alguma coisa liga.
- Tudo bem, pãozinho, boa noite!
- Boa noite!
Nós saímos e vamos direto para a casa.
Mal entramos em casa e o Ohm já começa a me beijar e tirar a minha camisa e beija o meu peito a minha barriga ronca, ele encosta a testa no meu peito, então me beija.
- Vamos jantar primeiro.
Ele segura a minha mão e me leva para cozinha, sento e fico observando ele cozinhar enquanto fala sobre os quiosques. Ele está tão animado com tudo, que faz eu me lembrar de quando ele foi promovido no bar, foi esse brilho que me fez ter certeza que ele se daria bem trabalhando na empresa, ele com certeza nasceu pra isso.
Ele pega dois pratos e serve a comida e senta ao meu lado.
- Você vai ficar bem amanhã?
- Vamos ter que fazer muito isso, não tem como fugir, não sei se vou ficar bem, mas vou tentar me controlar.
Ele fica me olhando preocupado.
- Vai ficar tudo bem, vocês todos estarão lá pra me ajudar.
Ele suspira, acena e volta a comer. Quando termina fica me olhando.
- Nanon?
Eu paro e olho para ele.
- Nos ainda vamos Fazer, não vamos? Você disse depois da inauguração.
Eu fico pensando no que responder.
- Nós vamos fazer, mas lembra que não vai acontecer de uma hora pra outra, nós vamos fazer tudo com calma.
Ele sorri e concorda, eu pego o garfo e volto a comer.
- Vai ser um filho seu não vai?
Eu paro mais uma vez e agora perdi o apetite.
- Vai ser nosso filho, Ohm, nosso, não importa de quem seja o esperma.
- Mas vai ser seu?
Eu tiro os óculos e massageio os olhos.
- Eu disse que quero que seja seu Ohm.
Ele me olha chateado e acena. Merda! Eu fecho os olhos e fico pensando no que fazer, eu nunca vou deixar de dar o que ele quer, mas dessa vez é algo que eu quero muito também.
- E se for de nós dois?
- O que?
Eu levanto a cabeça e coloco o óculos, de onde eu tirei essa ideia? Eu olho nos seus olhos e seu que não tem como voltar atrás, a semente foi plantada.
- Vamos ter gêmeos?
Não é assim que funciona, mas não vou discutir a parte técnica com ele, então apenas aceno. Ele levanta e começa a andar.
- Isso é perfeito! Perfeito! Nós vamos fazer mesmo?
Não tenho certeza!
- Claro, vamos fazer.
Ele sorri, vem até mim, segura o meu rosto e me beija.
- Nós vamos ter gêmeos! Eu vou ter um Nanonzinho!
Ele me beija várias vezes, então para e me olha sério.
- Pode ser uma menina também, não é?
- Nós podemos escolher, o que você quer?
- Meninos.
- Então serão meninos.
Ele se afasta e começa a andar de novo, o Spike e o Angel entram na cozinha e ficam andando em volta dele.
- Nós podemos reformar o quarto ao lado do seu escritório para fazer o quarto deles, pintar tudo de azul ou verde.
Ele para e me olha, eu levanto e pego os pratos.
- Gosto de azul, mas tanto faz.
Ele sorri e volta a andar e eu vou lavar a louça.
- Nos pintamos o quarto e podemos fazer com algum tema, como safari ou fundo do mar, isso sempre vai me fazer lembrar da nossa lua de mel. Quando eles crescerem podemos levar eles para lá.
Ele está falando sozinho, acho que nem está prestando atenção no que esta falando, os bebês nem existem ainda e ele já está pensando em levar eles para um safari.
Eu termino a louça, seco as mãos e vou até ele.
- Eu falei que temos que ir com calma, nada de reformas, muito menos programar viagens por enquanto.
Ele suspira e acena, então sorri e me abraça.
- Tem uma coisa que nos podemos fazer.
- O que?
- Vamos treinar para fazer bebês, vizinho?

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