Vizinho

Capítulo 96

Sinto ele deitado sobre mim beijando o meu pescoço, ele se esfrega na minha bunda e sinto o seu pau duro.
- Ohm, que horas são?
- Meia noite, acorda meu amor.
- Me deixa dormir, daqui a pouco eu tenho que levantar.
- Levanta agora, eu tenho uma coisa pra você.
Ele cheira o meu pescoço e sai de cima de mim, quando sento ele começa a cantar Parabéns.
- Faz um pedido!
Eu coloco os óculos e fico olhando para o sorriso que eu tanto amo e ele fala novamente.
- Faz um pedido, amor...
Eu olho para ele e não consigo pensar em nada, nada mesmo, tudo está tão perfeito que eu não conseguiria acrescentar nada, então eu fecho os olhos e digo.
- Eu desejo que sejamos felizes para sempre.
Eu assopro a vela e olho para ele que se aproxima e me beija.
- Nós seremos felizes para sempre.
Ele me beija mais uma vez e coloca o bolo ao lado da cama, pega um envelope e me dá.
- Eu não sabia o que te dar e não dava pra fazer nada muito elaborado por causa das crianças, eu sinto muito.
Ele faz uma cara chateada e eu pego o envelope e toco o seu rosto.
- Você não precisa me dar presentes, Ohm, você é o meu presente!
Ele sorri e beija a minha mão, eu levanto o envelope e ele acena. Eu abro e é uma certidão de nascimento com o nome dele, eu olho para ele sem entender e ele sorri.
- Leia de novo.
Eu olho para a certidão e leio mais uma vez.

PAWAT KIRDPAN

Eu leio mais duas vezes e os óculos embaçam, ele tira e limpa, segura o meu rosto e faz eu olhar para ele, limpa as minhas lágrimas e coloca os óculos novamente.
- Quando?
- Eu pedi para o Sam me ajudar com isso, ele conversou com alguém do jurídico, achei que não daria tempo, estávamos esperando há quase um mês, mas chegou a autorização ontem, eu sei que não podemos nos casar oficialmente ainda, mas agora eu tenho o seu sobrenome, agora eu sou oficialmente seu.
Os óculos embaçam mais uma vez, eu tiro e ele me abraça.
- Você não precisava fazer isso, Ohm...
- Eu sei que não, mas assim como nós escolhemos colocar o seu sobrenome nos nossos filhos, eu escolhi ter o seu sobrenome também, assim eles vão ter o nosso sobrenome.
- Mas o seu nome... Da sua família...
- Você acha que eu me importo?
Ele beija a minha cabeça e me abraça mais uma vez.
- Eu te amo, Nanon, esse é um presente para você, mas também significa muito para mim, porque você é a pessoa mais importante da minha vida, sempre vai ser, poder ter o seu sobrenome é uma honra pra mim.
Eu continuo chorando, não sei porque isso me abalou tanto, mas para mim essa escolha que ele fez é muito significativa. Quando paro de chorar, olho pra ele que limpa as minhas lágrimas e coloca os meus óculos.
- Obrigado! Esse é o melhor presente que eu já recebi, eu juro!
Ele sorri, aquele sorriso que me deixa perdido.
- Eu te amo!
- Fala de novo?
- Eu te amo, Ohm Pawat Kirdpan!
O seu sorriso aumenta e eu o beijo, deito ele na cama, olho para o lado e sorrio.
- Eu posso comer o bolo?
Ele sorri também e acena várias vezes. Eu tiro a sua roupa, jogo a coberta para fora da cama e ele deita no travesseiro, pego o bolo e vou espalhando o chantilly pelo seu corpo, quando não tem mais nada eu coloco na mesa e começo a lamber ele.

Chegamos na empresa com as crianças, o Ohm sai do carro primeiro e pede ajuda dos seguranças, eles levam os berços portáteis, os colchões e caixas para a nossa sala, nós colocamos as crianças nos carrinhos e entramos.
Chegamos na sala e os seguranças já estão saindo, nós agradecemos e entramos, o Perth e o Chimon entram conosco.
- O que vocês estão fazendo aqui?
- É o nosso escritório, Chimon, para onde você quer que a gente vá?
- Você sabe que não foi isso que eu perguntei, Nanon.
- Ok. Podemos trabalhar em casa ou aqui, por enquanto não faz diferença, as crianças são tranquilas.
O Ohm vai até os berços e começa a montar, dessa vez ele faz tudo muito rápido, quando termina o primeiro eu coloco o Dew e o New, pego a Sophie e o Mew e espero, então deito eles também, pego os cobertores nós carrinhos e cubro eles.
O Ohm olha em volta e sai sem falar nada. O Chimon se aproxima do berço devagar.
- Caramba, eles são tão pequenos.
O Perth se aproxima e sorri para mim.
- São todos lindos.
- Obrigado!
O Chimon se inclina um pouco.
- A maior é a menina, não é?
- É sim.
- Vocês são corajosos, quatro em uma pancada, só sendo corajoso ou muito louco.
- Vale a pena, eu não abriria mão de nenhum deles.
Ele me olha e sorri.
- Quem diria, o pai do ano!
- Não provoca, Chimon!
Nós vemos o Ohm entrando, dois homens da equipe de manutenção entram junto trazendo um armário baixo, ele aponta para o espaço próximo a porta do banheiro e agradece quando vão embora.
- Pra que isso?
- Precisamos para guardar isso.
Ele vai até uma caixa que os seguranças trouxeram junto com os berços e começa a tirar várias coisas.
- Mas que merda é essa?
O Ohm olha irritado e ele coloca a mão na boca.
- Desculpe.
- Tudo bem, só tenta não gritar, você não vai querer ver os quatro chorando juntos. Isso é um aquecedor de mamadeiras.
Ele monta a máquina, guarda as latas de leite e as mamadeiras, pega dois pacotes de fraldas e coloca na parte de baixo junto com lenços umidecendos.
Depois que organiza tudo vem até mim e me beija.
- Faltou alguns coisa?
- Não, mas eu acho melhor pedir um ar condicionado para a sala.
- Boa ideia.
Ele tenta se afastar, mas eu seguro a sua mão.
- Não precisa fazer tudo de uma vez, depois você liga pra manutenção.
Ele concorda e me beija, então eu olho para o Chimon.
- Avisa para o jurídico que eu estou aqui, pra eles imprimirem o contrato para assinar. Perth marca uma reunião com a equipe de marketing, eu quero conversar sobre a campanha de Natal, vamos tentar ums abordagem mais agressiva para aumentar as vendas nós próximos dias.
- Tudo bem.
Nós olhamos para o Ohm e ele de risada.
- Estou voltando agora, não tenho nada pra vocês.
Nós rimos e eles vão para a porta, o Chimon abre e olha pra mim.
- Feliz aniversário!
Eu aceno e o Perth sorri.
- Feliz aniversário!
- Obrigado!
Eles saem, o Ohm me beija e me vira pra ele.
- Adoro você dando ordens por aí, chefe!
- Sério? Então vai lá e fecha a porta.
Ele sorri e corre para a porta fechando ela, quando volta eu levo ele até a mesa e faço ele sentar, começo a tirar a sua gravata e abrir os botões da camisa, desço a camisa pelos seus braços lentamente enquanto olho nos seus olhos, ele da aquele sorriso que eu tanto amo e eu o beijo.
- Eu te amo!
- Fala de novo?
- Eu te amo!