Prólogo

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" Lutarei por você cada segundo da minha vida"


Caminhava por um extenso jardim, procurando a mulher que tem sido a minha melhor companhia. Desde que cheguei neste lugar, ela é tudo que eu não imaginava encontrar, depois de todos os meus pecados.

Carrego sangue em minhas mãos, muito sangue. Todos os meus demónios atormentam meus sonhos. Clamam por cede de vingança. Eles tentaram elevar-me para longe. Mas, ela não deixou, ao proteger-me.

Vejo ela correndo em minha direção, abrindo seus braços apertando ao redor do meu corpo. Seu abraço é caloroso e seguro. Ela descansa sua cabeça em meu peito. Movimento minhas mãos, para aconchegar ela melhor em mim.

— Aonde você estava?  — Ela afastou-se. — Foi cuidar novamente daquela mulher? — Questionei, quando ela olha para mim, com pesar.

— Eu o amo tanto. — Suspirou. — Sempre vou amá-lo.

— Você diz isso todos os dias. — Sorri por suas palavras. — Você não parece bem, o que está acontecendo? — Seu corpo está tenso.

— Sua hora chegou.— Acariciou o meu rosto, a leveza de sua mão, fez-me fechar os olhos. — O tempo está se esgotando. — Afastou-me do seu toque.

— Não! — Aspiro o cheiro do seu cabelo. — Não sairei do seu lado.  — Seguro suas mãos. — Nunca mais ficará longe de mim. — Recuso, há um brilho em seus olhos.

— Meu filho, você precisa voltar. — Ela olha para trás, e vejo a mesma mulher que ela visita todos os dias. — Eu cuidei de você o tempo necessário, agora ela precisa de você.

Eu não consigo ver essa mulher, sempre que eu tento me aproximar há uma barreira transversal entre nós. A minha mãe é a única que consegue chegar perto dela.

Mãe quem é essa mulher?

Quando eu cheguei neste lugar, fui recebido pela minha mãe. Ela estava linda como eu lembrava, seus cabelos estão enormes, sua pele mais alva e os olhos azuis cristalinos como o mar.

— Eles precisam de você. — Deu alguns passos para trás.
— Lúpus, chegou a hora. — Meu corpo paralisou. — Acorda...

— Não... — Tento alcançar mais ela caminha entre as árvores, sumindo.

Sinto o meus pés molhados, todo o lugar é coberto por água abundantemente. Olho ao redor assustado. Estou sendo submerso. Sinto o meu corpo afundar-se na imensidão do mar.

A falta de ar, corta a minha respiração, luto tentando voltar a superfície, mas, a minha garganta está fechada, meus braços estão presos por correntes invisíveis.

Meus olhos pesam, aos poucos vou fechando, sendo absorvido pela escuridão...

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora