Ara Couts Blanche
Não olhei para ele antes de me afastar perto do seu corpo. Eu estava muito nervosa. Detestando estar aqui.
Estava odiando fingir ser sua noiva. Especialmente quando eu fiquei inquieta com o quão perto dele eu estava.
Ele agia como se a gente fosse um casal comum, pois ainda era bastante reservado nas suas ações. Fiz uma nota mental para lembrar que não devo falhar no que preciso fazer hoje.
Não posso pensar em Valeria. Não posso pensar em Aramis Villard. Não posso pensar em Salvatore. Muito menos nessa maldita máfia.
Eu tenho pensar na minha sobrevivência e na de meus filhos. Só eu sei o que passei nas mãos desse homem.
Estou colocando a minha vida em risco. Mas, não vou voltar atrás.
Aquela carta mexeu muito com as minhas emoções. Eu estava travando uma luta interna. A pessoa que escreveu a carta, praticamente confessou que sequestrou os meus filhos.
E eu fiquei apavorada por isso. Por outro lado, essa mesma pessoa está me dando a oportunidade de acabar com homem que destruiu a minha vida.
Neste momento a minha, mente está nublada de muitas informações. Eu preciso me concentrar para não ser descoberta. Antes de sairmos de casa.
Precisei treinar ao máximo a minha confiança para não levantar suspeitas. O Lúpus é um homem astuto e perspicaz. Qualquer deslize ele vai perceber tudo.
Minhas pernas deslizam de forma confiante pelo salão. Os meus evitaram olhar para os lados. Eu sabia que estava sendo observada. Quando avistei um dos garçons, segurando uma bandeja em mãos, com várias taças. Minhas pernas formigaram.
Meu corpo estava me conduzindo em sua direção, quando uma mão pousou sobre o meu ombro.
— Senhorita Blanche...
Quando os meus olhos caíram sobre, a pessoa que a minutos antes estava nas minhas costas. Eu abri um sorriso genuíno. Por consequência disso fui puxada para um abraço caloroso.
— Sr. Bernard Villard. — Retribui o braço. — Que saudades do senhor!
O pai de Aramis Villard, desfez o braço sorrindo abertamente. Bernard Villard, foi um dos meus maiores suportes quando o Aramis Villard, me resgatou daquela clínica horrível que fiquei durante dois anos.
— Vejo que esqueceu de mim. — Reclamou. — Você saiu da França, faz três meses e nem se quer ligou para mim.
— Sinto muito, senhor Bernard. — Falo envergonhada. — Aconteceu tanta coisa ao mesmo tempo. Mas, graças a Deus, recuperei os meus filhos. O senhor sabe que eu tenho grande carinho pelo senhor.
— Eu sei querida. O Aramis contou-me tudo. — Tocou em minhas mãos. — Será que seria possível, conceder uma dança para esse velhote aqui.
— Modéstia da sua parte. O senhor está ótimo. Acredito que deve ser tão garanhão como o seu filho. — Ele sorriu alto.
A música do fundo, que tocava no salão era um clássico contemporâneo. Ele lançou sua mão na minha cintura. Enquanto a outra segurava a minha mão.
— A Valeria e Aramis desapareceram, pelo que estou notando. — Comentou.
— Aqueles dois, fingem que não. Mas, acredita são inseparáveis. — Confesso.
— Você está coberta de razão, querida. — Sorriu.
A gente praticamente abriu o salão com essa iniciativa sua. O que roubou mais atenção para nós. Fazendo outras pessoas arriscarem também a dar um passo no meio da pista. Que foi enchendo aos poucos.
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CONTRAVENTOR "O Ajuste de Contas"
RomanceSegundo livro da estória "CONTRAVENTOR " Para entender o segundo livro, é necessário ler o primeiro livro. Que está disponível aqui no meu perfil.