CAPÍTULO 41

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Lúpus Mazzarella Eiger

O carro passa pelos portões da mansão. Vejo os meus homens por todo lado, fortemente armados. Agora que tenho dois herdeiros do clã em casa. A segurança foi redobrado.

— Não vejo a hora, deitar naquela cama. — Aramis, resmungou, mexendo no seu celular.

O Carlos estacionou o carro na garagem . Aramis Villar, desceu primeiro do carro e já foi entrando na casa. Desce logo em seguida, totalmente exausto por passar tanto tempo sentado naquele voo.

— Carlos, leva todas as malas para um dos quartos da casa. — Olhei o homem que pegava a bagagem. — As minhas malas e do Aramis você sabe aonde deixar.

— Sim , senhor Mazzarella.

Caminho em direção à casa. Ao entrar a casa estava num perfeito silêncio. São duas horas da manhã. Todos devem estar dormindo a uma hora dessa.

Subi as escadas e fiquei tentado a ir até o quarto de Ara. Por dois motivos. O primeiro é sobre o desgraçado do Rossi. O segundo simplesmente para poder, fazer o tenho em mente há alguns dias.

Antes disso vou tomar um banho para tirar todo esse estresse do meu corpo.

Abri a porta do meu quarto e adentrei. As luzes estavam apagadas. Achei o interruptor ligando a luz.

Despi-me e fui até ao banheiro. Entrei no box deixando água fria fazer contato com a minha pele. Após alguns minutos, sai do banheiro com uma toalha em mãos para secar o meu cabelo.

Vesti um moletom preto. Saí descalço do quarto. Caminho no corredor até a porta do quarto de Ara. Com a mão na maçaneta abri a porta entrando no quarto.

A luz estava acesa então logo de primeira o meu olhar foi até sua cama. Que apenas vi o David dormindo todo desajeitado. Nem Ara... Nem Aurora estavam no quarto.

O primeiro lugar que veio em minha mente é à cozinha. Após sair do quarto. Desci novamente as escadas, com um destino certo.

— O que está acontecendo aqui! — Falo ao  entrar na cozinha. Despertando atenção das duas.

A Ara assustou-se e deu um pulo. Quando olhou para mim. Eu estava parado na porta da cozinha tentando decifrar o que estava acontecendo.

— Lúpus... — Ela sussurrou.

A Aurora desce da cadeira que estava na ilha. Correndo até mim, abraçando minhas pernas. Foi o que ela conseguiu alcançar devido a minha altura.

Fiquei surpreso por sua atitude. Ela deixou-me sem reação. Por impulso levantei o seu corpo, fazendo ela me abraçar audaciosa, passando os seus braços no meu pescoço.

— Eu tive tantas saudades suas. — falou envergonhada.

— E mesmo...? — Digo desacreditado.

— Sim...— Confirmou.

— Isso é bom, eu acho. — fiquei meio incerto no que responder.

O abraço de Aurora e suas palavras. Fez-me sentir algo estranhamente bom. Algo que ainda é desconhecido até para mim.

— Eu e a mamãe fizemos um bolo para o senhor. — Explanou eufórica.

— Um bolo...?

Eu procurei Ara, com o meu olhar. Ela estava retraída. Mas, muito mais linda do que do que ha duas semanas atrás. Usava apenas uma camisola de cetim azul. O bico dos seus seios estão totalmente endurecidos dentro daquela peça.  A peça deixava suas pernas amostra.

Como ela ousa andar desse jeito na casa, se alguém a encontrar assim?

— O senhor não gosta de bolo? — Ela pergunta já murchando o rosto.

O meu  olhar foi direcionado para a ilha da cozinha aonde estava o bolo. Eu tenho aversão por doces. Por que diabos ela teve a ideia de fazer justamente um doce!

— Filha, o seu pai regressou agora. — Ara tentou intervir. — Ele deve estar cansado, então vamos deixar ele descansar um pouco e depois a gente...

— Mas, eu queria tanto que o senhor provasse o bolo.

Aurora estava irredutível na sua missão de fazer-me comer esse bolo.  Estou prevendo que essa menina, vai ser uma grande dor de cabeça para mim.

— Não sou amante de doces, Aurora. — Andei com ela no meu colo até a ilha. — Portanto vou provar só um pedacinho.

O sorriso dela cresceu de orelha a orelha e assentiu. Ver o seu sorriso, fez-me sentir bem. Eu senti que aquilo era uma das coisas mais importantes na minha vida. Ver Aurora sorrindo.

— Mamãe...veem cortar um pedaço do bolo para o Lúpus.

Ela não me chamou de pai. Porque ela não me chama de pai? 

Ara deixou escapar a sua cara de surpresa. Abriu o armário, para tirar o prato e sua camisola subiu um pouco, isso deixou-me muito puto.

Ela foi até a ilha cortar um pedaço pequeno do bolo sobre o meu olhar e o de Aurora.

Entregou o prato em minhas mãos. Fiquei alguns segundos olhando o pedaço de bolo. Até comer um pouco.

— Não parece nada mal. — Realmente está bom. Cortei mais um pedaço. — Acho que os únicos doces que eu vou comer serão feitos por vocês.

Não sei porque falei de forma tão aberta, o que estava apenas nos meus pensamentos. Merda!

— Eu sabia que o senhor, gostaria. — Falou orgulhosa de si mesma. — Você viu mamãe... ele gostou.

Ela estava eufórica por ter comido um pedaço de bolo. Se ela está feliz por isso. Então eu estou mas, descansando.

— Upsi reunião familiar!

Aramis apareceu do nada, sorrindo feito um banana. Ele não disse, que estava cansado e precisava dormir? Idiota.

— Titio o senhor voltou.

Aurora desceu do meu colo e foi abraçar o Villard. Lembrei que Ara, estava usando aquela camisola indecente. Levantei, cobrindo o seu corpo com o meu.

— O que está fazendo ? — despi-me da minha camisa. Vestindo em seu corpo.

— Melhor você ficar quietinha. — Ameaço, quando ela tenta impedir de vestir ela.

— Para com isso... Lúpus!

— Você quer mesmo que, eu lhe dê um corretivo em frente de Aurora? — Sussurro. — Que porra de camisola é essa? Por que está com essa camisola fora do seu quarto!

— Agora lhe devo satisfação do que devo ou não vestir? — Ela está me afrontando.

— Quer ser uma vadia dentro da minha própria casa? — Sorri, incrédulo.

— Não admito que você fale assim comigo. — Espalmando a sua mão no peito, tentando me afastar.

Calma... calma Lúpus. Não faça nenhuma besteira em frente de Aurora. Penso!

— Estou tentando não encostar a minha mão em você. — Digo firme, apertando minhas mãos no seu pescoço. — Não me desafia, Ara. Estou lhe avisando.

— Está me machucando. — Debateu-se sobre o meu aperto.

Aramis Villard, tossiu falsamente. Para chamar nossa atenção. O que fez a gente olhar para ele. Mas, afasto-me de Ara, assim que vejo os olhos de Aurora com lágrimas olhando para nós.

— Lúpus eu acho que é melhor vocês dois conversarem em particular. — Aramis, falou tentando controlar a sua raiva. Pois ele sabe, o que eu estava prestes a fazer com Ara.

— Não briga com a mamãe por favor... Lúpus.

O aperto que senti no meu peito foi doloroso. Eu estava ao ponto de agredir Ara, em frente de Aurora e ela provavelmente nunca me perdoaria por isso.

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora