CAPÍTULO 48

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Lúpus Mazzarella Eiger



Libertar Alessandro Rossi. Foi uma decisão inusitada que apenas foi induzida pela morte de Bernard Villard.

Eu estou com problemas demais no momento. Não posso concentrar toda minha energia, no homem que é apaixonado pela mãe dos meus filhos. Ele é um caso, que no momento certo eu vou acabar, pondo fim de uma vez por todas.

A morte de Bernard Villard. Bagunçou muito a estrutura do clã. E toda a responsabilidade caiu nas minhas costas.

Ele foi morto justamente, no jantar de noivado organizado por minha orientação. Para apresentar ao clã a minha futura esposa.

O meu esquema de segurança, era impecável. Como isso foi logo acontecer de baixo do meu nariz. E nenhum suspeito foi encontrado!

— Gostariam de beber alguma coisa agora que o nosso voo estabilizou? — perguntou a comissária de bordo.

— Um café, se for possível — disse
Ara.

— Vou querer um também — eu disse.

— Alguma coisa para comer? — senhorita Simone perguntou.

— Estou bem por enquanto, mas obrigada — disse Ara.

— Dois cafés serão tudo, obrigado — falo.

Eu tinha toda a intenção de ignorar a bebida, mas precisava adquirir o hábito de fazer as coisas ao lado dela. Se ela pedisse alguma coisa, então precisava pedir também. Era assim que funcionava ser um casal, certo?

Por outro lado, eu não dormia tem dois dias. Tudo está um alvoroço. A única coisa que tem me mantido acordado é tomar um copo de café.

A comissária voltou com os cafés. Ara pegou o dela. E no segundo que ela fez isso, o seu vestido subiu até a sua coxa. A pele macia apareceu, subindo um pouco além do meio, e de repente eu estava pegando o meu café  e tomando-a de um só gole.

A minha boca estava seca. Ela sentou-se novamente, mas seu vestido permaneceu no lugar, provocando-me com a sua suavidade e o seu caminho direto para o lugar onde o corpo de uma mulher está sempre quente.

Antes que eu percebesse, deixei a minha mente divagar sobre ter ela nos meus braços me sentindo muito tranquilo.

Empurrei o meu copo vazio para longe e peguei o meu laptop, relegando-me a outra coisa além de olhar lascivo para a mulher na minha frente.

—  Você quer conversar sobre o que está acontecendo...

— Preciso me concentrar. — eu disse rude.

Eu estava estressado demais, para falar nesse momento. Mesmo que ela esteja interessada em saber.

— Então suponho que vou descansar um pouco — falou com raiva.

— Aproveite.

***************

Quando aterramos em Paris, já passava da meia-noite no horário local. Ara espreguiçou um pouco enquanto a comissária reunia as suas  coisas. Caminhei atrás de Ara para desembarcar do jato.

Já havia um carro esperando por nós. Preto e lustroso enquanto o céu noturno de Paris desenhava como pano de fundo o aeroporto para onde havíamos descido.

Ainda me sentia entorpecido devido ao voo, mas a cada passo que dava em direção ao carro, mais alerta ficava. Acordado. Alerta.

Eu não estava em Paris desde os últimos acontecimentos.

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora