CAPÍTULO 18

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Lúpus Mazzarella Eiger


Isso so pode ser algum tipo de distração, sem fundamento nenhum. Juntamente a mensagem estava alocado um vídeo. Sem hesitação, abri o vídeo que mostrava uma rede televisiva local, fazendo uma entrevista.

O homem que estava sendo entrevistado. Fiz de imediato o seu reconhecimento imediato sabendo perfeitamente de quem se tratava. Alessandro Rossi. O porque alguém enviaria para mim uma entrevista desse homem?

Suspiro impaciente, permitindo-me assistir ao vídeo até o final. O homem parece tenso ao falar. Totalmente perceptível pela sua postura nada ereta. Seus músculos parecem contraídos. Será que ele, nunca concedeu uma entrevista em toda sua vida! Vergonhoso demais.

Recosto melhor o meu corpo no assento. Repouso minhas mãos em cada lado oposto do assento, tentando deixar o meu corpo relaxado. Para terminar de assistir essa palhaçada, que já está me estressando.

Ele começa a falar mais nervoso ainda. Seus olhos ficam merejados quando relata sobre um desaparecimento. Ele descreve as característica da pessoa desaparecida. Tratando-se de uma mulher que atualmente deve estar com uns vinte e oito anos de idade. Segundo o mesmo a mulher desapareceu a uns cinco anos atras, na cidade de Nápoles.

Meu faro fica aguçado com essa informação. Ele citou mais algumas informações sobre essa mulher, emocionando-se com cada palavra que saiu de sua própria boca. O que tudo indica é que essa mulher deve ser alguém muito importante para ele. Tal vez uma amante, que o enlouqueceu ao ponto de estar a procurando por cinco anos.

Por um segundo, estava prestes a desligar o computador. Essas informações de nada me serviriam. Mas, o que eu vi e ouvi, depois paralisou todo o meu corpo...

" O nome dela é Ara Couts Blanche... por favor... se alguém puder ajudar ou fornecer alguma informação será muito bem recompensado" Passaram uma fotografia dela logo a seguir.

Minha cabeça parece que vai explodir. Sinto uma dor tremenda. Minha respiração está suspensa. Um turbilhão de lembranças invade minha mente ao mesmo tempo. O parecia confuso demais.

Aos poucos tudo começa a fazer sentindo. Como um puzzle, cada peça vai se encaixando no lugar certo. Causando em mim, sensações desconhecidas e torturantes. O peso que o meu corpo carrega agora é inexplicável.

Ara...Ara Blanche... sempre foi ela... a mulher misteriosa que atormentava meus sonhos.

Essa certeza atinge o meu peito como uma flecha. Fecho os punhos e sinto os meus olhos nublados por ódio, raiva e ...Mentiras...Enganos...

Eu me esqueci dela... como pode me esquecer dela por esse tempo todo! Inferno...ela ficou longe de mim...ela está longe de mim...

Derrubo a mesa juntamente com todos os objetos, como um animal descontrolado. Alguns estilhaços saltam, fazendo alguns cortes no meu antebraço. Começo a destruir todo que vejo pela frente, como se aquilo pudesse aplacar o meu ódio.

Procuro a minha arma desesperadamente ate achá-la. Quebro todas as janelas, efetuando vários disparos de forma automática. A dor em minha cabeça ainda é latente e forte. Malditos...Miseráveis vou matá-los um a um.

A porta do escritório é aberta de rompante. Valeria entra no local olhando tudo aterrorizada. Ela dá alguns passos para frente, com o corpo tremulo.

— Lúpus... irmão... — disse receosa.

— Não ouse se aproxima. — Alerto.

O meu sangue está borbulhando, ansiando colocar uma bala na cabeça de qualquer pessoa.

— Por favor... eu preciso que me ouça. — Deu um passo mais adiante.

Desgraçada, ela já sabe de tudo. Ela viu as notícias. Traidores...

— Eu juro que se der mais um passo, eu atiro em você. — Não estava blefando.

— Senhor... Mazzarella...

— Valeria, você está bem? O que está acontecendo...

Salvatore e Aramis Villar, falam ao mesmo tempo, quando entram no escritório. Posicionando-se por trás de Valeria. Desgraçados! Mirei arma fazendo dois disparos na direção dos dois homens os atingindo.

Ouço o grito exasperado de Valeria. Quando os dois corpos caiem ao chão. Ela vira-se rapidamente para tentar socorre-los. A minha raiva só aumentava. Ando até Valeria, que estava agachada tentando estancar o sangue de Aramis Villard e de Salvatore ao mesmo tempo.

De forma brusca, ergui o seu corpo levantando-a pelo braço.

— Me solte... Lupus... — Debateu-se.

Empurro o seu corpo para longe, sem delicadeza nenhuma. Faço mais um disparo mirando na testa de Salvatore. Não tive êxito, pois a munição acabou. Deixo cair a arma no chão. A parto para cima de Salvatore que apenas atinge antes o seu ombro esquerdo e Aramis Villard, que o tiro perfurou seu braço direito.

— Você so precisava cumprir a porra de uma promessa! — Esmurro o seu rosto. — Eu vou matá-lo. — Acerto mais uma vez.

— Senhor, Mazzarella eu — Salvatore, babulquia cuspindo sangue.

Vou matar esse desgraçado com as minhas próprias mãos.

— Para ... você vai matar ele Lúpus. — Valeria, tenta segurar o meu braço.

— Afaste-se agora, Valeria! — Grito

— Lúpus... Não cometa essa loucura. — Aramis Villard, diz tentando se erguer com dificuldade.

— Aonde ela está caralho...— Sacudi seu corpo, machucado. — Responda!

— Ela está comigo...Lúpus. — Senti o cano de uma arma em minha cabeça. — Solte ele, não quero ter que atirar em você, por estar descontrolado. — Aramis Villard, advertiu.

Só consigo sentir, mais ódio desse maldito. Por a escondendo esse tempo todo de mim.

Retirei minhas mãos ensanguentadas do corpo desfalecido de Salvatore. Levanto lentamente e vejo Aramis Villard com seu braço direito apoiado no ombro de Valeria. Na sua mão esquerda carrega uma arma apontada para mim.

— Se calme, ou a gente não vai resolver porra nenhuma.

Aramis Villard, fala e sua voz sai acompanhada de um grunhi de dor. Enquanto Valeria, o abandona para socorrer o Salvatore.

— Espero que voces todos tenham um bom motivo. — Fecho os punhos. — Para não contarem a verdade para mim antes! Ou eu juro, que vou estrangular com as minhas próprias mãos um por um.

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora