CAPÍTULO 46

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Lúpus Mazzarella Eiger

Ela deslizou para longe de mim, sorrateiramente. Quis ir atrás de si. Não havia nenhuma necessidade de ir pegar alguma bebida. Uma vez que os garçons andam dispersos por todo o salão.

Era só chamar um deles e pegar a porra da bebida. Acho que a intenção dela é ficar afastada de mim. A desculpa que ela deu, para se afastar foi ridícula.

— Eu tinha uma leve esperança, que você escolheria a minha filha para casar. — Giancarlo disse com desgosto.

— Você não era o único. Gian! — Pietro Massino, concordou. — A minha filha completou dezoito anos a semana retrasada. Eu estava a preparando esse tempo todo para você Lúpus.

— Ela é uma criança. Eu sou um homem de quase quarenta anos. — Filho da Puta. — Ela deve casar com alguém mais novo.

— Não se faça de difícil Mazzarella. — Resmungou o homem. — Você sabe que dentro do clã isso não seria nenhum problema. — Pietro diz olhando para outros homens que concordam.

— Ele está dizendo a verdade, Lúpus. — Giancarlo defende. — A minha filha tem apenas vinte anos. E também já está muito atrasada para arranjar um marido. Se elas ficarem muito soltas por aí, bem provável que vão para o casamento não sendo virgens. — Concluiu.

— O que seria uma tragédia. — Pietro diz preocupado. — Uma boa moça, deve casar-se virgem. — O restante murmurou concordando.

— Não sejamos radicais ao extremo. — respondi entediado com a conversa.

— Você diz isso, porque ainda não é pai. — Giancarlo discordou. — Pior ainda, pai de uma menina. Ter filhos homens é mais sossegado. Já imaginou alguém desflorando a sua filha? E deixar ela para trás? Desonrar ela como uma prostituta!

Suas palavras levaram a minha mente, para um lugar que eu estava tentando não pensar. Aurora...

Eu tenho a porra de uma filha. Que estará a prêmio daqui alguns anos. Não só por sua beleza herdade de sua mãe. Mas, também pelo fato dela ser a minha filha.

O David provavelmente me dará menos trabalho. Pois quando chegar o momento certo ele vai para ilha, assim como eu. Será treinado e preparado para ocupar o meu lugar.

A minha Aurora, será o maior de meus problemas. Todos os abutres estarão dispostos a tudo para ter ela.

Nem que eu morra no processo. Não vou permitir que ninguém a machuque. Não pude proteger Valeria. Mas, Aurora terá sempre o melhor de mim.

Mesmo que eu tenha que, trancar ela em uma torre. Ou enviar para um colégio interno na corea do sul. Ela só sairá dela quando completar trinta anos!

Minha cabeça doe, ao pensar diversas possibilidades para ela. Procuro Ara, com os meus olhos e a vejo na pista de dança nos braços de Bernard Villard.

— O Bernard Villard, não perde tempo em na arte da sedução. — Pietro fez uma insinuação ridícula.

Eles estão olhando na mesma direção. Que eu estou. Ara e Bernard, dançando tranquilamente alheios aos demais. Que devem estar especulando idiotices.

— Quem não gostaria de estar dançando, com uma mulher dessa. — Giancarlo olhou lascivo para o corpo da minha mulher.

— Não estou disposto, a matar ninguém hoje. — Ameaço. — Controlem suas palavras ao falarem da minha mulher!

— Foi apenas um elogio, Mazzarella. — Recompôs a sua postura, Giancarlo. — Antonio Alleanza, não ficou nada satisfeito com o seu noivado. — Mudou o rumo da conversa. — Essa é mesmo a mulher de anos atrás, que o Alleanza o casou de ter matado o seu sobrinho por ela?

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