CAPÍTULO 37

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Ara Couts Blanche



Estou ansiosa demais. Eu tenho certeza dos meus sentimentos e isso é um fato. Eu sempre amei o Alessandro.

Ele foi o meu primeiro amor. A primeira paixão que fez o meu coração desejar viver intensamente, cada momento ao seu lado.

Mesmo que o destino, pareça estar longe de fazer com que a gente pudesse viver, um terço desse amor.

Os sorrisos de Aurora e Emma. Despertam a minha atenção. No mesmo segundo em que o carro para na fachada de um grande edifício.

— Chegamos. — Valeria, pegou sua bolsa.

O porteiro andou rapidamente, até a porta do condutor e abriu. Valeria saiu do carro com sua bolsa em mãos.

— Obrigado! — Agradeceu ao homem.

Ele deu à volta, para abrir também a porta do outro lado. Ao sair do carro, vejo com mais clareza a estrutura desse lugar. Agradeci ao homem, que esboçou um sorriso discreto.

As crianças foram retiradas do carro e não paravam de falar. Aurora e David perguntaram aonde estávamos. Disse a eles, que aqui era o local de trabalho da tia deles.

Entramos na empresa, e todos os olhares estavam vidrados em nossa direção. Valeria, passou sem dar um boa tarde a ninguém. Segurando nas mãos de Emma. Eu apenas segui os seus passos pegando nas mãos de Aurora e David.

Ela parou em frente ao elevador. As portas abriram e logo em seguida entramos. Seus dedos apertaram o botão para o décimo andar.

— Não estou confortável, por ter atraído tanta atenção para mim. — Digo, ficando mais nervosa.

— Costuma-te, você será à esposa do dono! — Desdenhou.

— Não vou casar-me com ele.

— Você fez um acordo, difícil de mudar.

— Ele não fez mais do que a sua obrigação. — Não soltei as mãos dos meus filhos. — Casar com esse homem, seria o meu fim.

— Mamãe vai casar ? — David, questiona com os olhinhos atentos.

— Será com o meu papai? — Aurora, interviu.

Valeria, arqueou as sobrancelhas. Como se estivesse a desafiar-me a falar a verdade aos meus filhos.

— Eu queria muito que à senhora casa-se com o meu pai, mamãe Valeria!

A Emma, consternou puxando a mão de Valeria. Que ficou surpresa com a reação da menina. Graças aos céus, a porta do elevador abriu. Aquilo foi um grande alívio para ambas.

— Emma, o seu pai vai ficar muito feliz quando a ver. — Valeria, desconversou.

Saímos do elevador. A mulher que estava sentada concentrada no seu computador. Saiu da sua bolha, quando ouviu os nossos passos.

— Boa tarde. — Levantou e sorriu. — Olá, pequena. — Ela acenou com as mãos para Emma.

— Olá, tia Lau. Estava com saudades da senhora.

Emma, saiu correndo e abraçou a mulher que de imediato retribuiu ao abraço, com carinho.

— Boa tarde, Laura! — Valeria, parou em frente a sua mesa. — Deixa-me apresentar, a senhorita Blanche.

— Boa tarde. — Esboço um singelo sorriso.

— Muito prazer em conhecê-la, senhorita Blanche.

A mulher desgrudou-se de Emma. Estendeu a sua mão. Ela é morena de olhos claros. Altura média. Cabelos lisos, corpo magro.

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora