CAPÍTULO 53

308 38 4
                                    

Lúpus Mazzarella Eiger

Minha cabeça parecia que explodiria a qualquer momento. Quando levantei da cama, uma tontura horrível me atingiu, fazendo-me sentar sobre a cama.

Abri os olhos percebendo que não estava no apartamento do Aramis Villard. Este quarto é maior e muito bem decorado.

A porta foi aberta e vejo o Aramis Villard, passar por ela segurando uma chávena em suas mãos.

— Eu achei que ela havia drogado você também. — Disse bebendo o líquido em sua chávena.

— Drogar? Do que está falando...?

Eu estava confuso, não entendi o que ele estava falando. Ele apontou para a cabeceira da cama. Olhei para mesma, percebendo que tem um um copo com água e uma cartela de comprimidos.

— Sua irmã dopou-me ontem. — reclamou. — Achei que fez o mesmo com você. Mas, depois de sentir o bafo que saiu de você, tive a certeza que era apenas álcool.

— A Valeria dopou você?

— Sim... Ela é louca. Mas, acho que deve ser alguma coisa familiar. — Desdenhou. — Melhor tomar aquilo ali. — Apontou a quartela de comprimidos. — Vai ajudá-lo com a ressaca.

Peguei a quartela e tomei logo três comprimidos de uma só vez. Não sei por quanto tempo estive desacordado.

— Por que, estou aqui? — A dor de cabeça estava insuportável.

— Confesso que também quero saber o motivo. — Ele foi novamente até a porta. — Melhor tomar um banho, e descer para tomar o café da manhã. Tem alguns roupas minhas no banheiro para você. A Valeria já deve estar chegando.

Ele saiu do quarto, sem dar-me mais nenhuma explicação. Não deveria ter bebido tanto ontem. Não lembro de quase nada, após entrar naquela boate.

Um pouco mais calmo. Levanto indo até o banheiro. Desfiz-me de minhas roupas. Adentrando no box.

Quando água entra em contato com o meu corpo. Senti uma pequena dor na minha testa e no lábio inferior. Aquilo está ardendo pra caralho.

Levei à minha mão até o local. Sentindo um corte superficial na testa. Não era nada profundo, mas, doeu demais.

Sai do box, pegando a toalha para secar o meu corpo. Vi o moletom cinza pendurado. Vesti a roupa que coube perfeitamente no meu corpo.

Antes de sair do quarto, procurei o meu celular. Só que eu não encontrava em lugar nenhum. Ele simplesmente havia sumido.

Deixei isso de lado e saindo desse quarto. Agora percebi que estou na casa de Bernard Villard. Desce as escadas até chegar no andar de baixo.

Eu conhecia perfeitamente essa casa. Faço o caminho até a sala de jantar. Encontro Aramis Villard e Valeria sentados comendo em silêncio.

Seus olhares foram direcionados para mim. Assim que cheguei. Puxei uma cadeira, sentei servi um copo de café sem açúcar. Tomando todo o líquido de por completo.

— O que você fez, Lúpus?

Ouço Valeria falando. O que fez-me levantar o meu olhar para ela.

— Eu bebi... Não é nada de novo.

— Eu não estou me referindo ao fato de você, quase ter entrando em um coma alcoólico. — Ela perecia brava. — Ou o simples fato de você, colocar a sua própria vida em risco ontem!

— Você está falando demais. — Alerto. — Minha cabeça ainda está doendo...

— Estou pouco me fodendo, para a porra da sua ressaca. — Ironizou. — Eu quero saber, que diabos você fez dessa vez contra a Ara!

CONTRAVENTOR  "O Ajuste de Contas"Onde histórias criam vida. Descubra agora