+18| Slow burn| Haters to lovers| Second chance| Aproximação forçada
VINÍCIUS nunca escondeu a sua paixão pela garota determinada que conheceu na adolescência. E quando o garoto finalmente pôde desfrutar de seus sentimentos, uma catástrofe aconteceu...
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Ele estava mesmo rindo da minha cara?
Sim, ele estava...
Não consigo nem pensar no que é pior, o idiota debochando de mim, ou a enxerida dando sua constante opinião em tudo o que acontece.
Tá bom, a atitude dele é mil vezes pior. Vinícius deu uma rosa VERMELHA para a bruxa que me odeia sem motivos. Era uma rosa vermelha, poxa! Minha flor favorita, e tenho certeza de que o descarado fez de propósito.
Só não entendi o motivo. De madrugada ele enviou aquela mensagem que quase fez o meu coração sair do peito de tanto que eu amei, então ignorou minha última resposta e de manhã cedo agiu como um idiota completo. O que foi que eu fiz, hum?
Decidi não pensar em razões e continuei correndo na esteira. Eliminar energia sempre me ajuda a desacelerar e, hoje, preciso mais que tudo. Passei o dia todo, desde que fui embora da fábrica, pensando em suas palavras, lembrado daquela risada debochada e zombeteira.
O homem me fez ferver de raiva ofuscante, como uma panela de pressão prestes a explodir. Não me sobrou opção, senão vir correr na academia, e por sorte, Rebeca topou me acompanhar. Digamos que ela é minha manda chuva, então necessito de sua companhia.
— Ju, vai devagar — pediu, caminhando de forma plena na esteira ao meu lado.
— Não posso — disse sem fôlego, continuando a correr em alta velocidade. —, estou com muita raiva.
— Não me julgue, mas eu também teria rido.
Em choque, cheia de incredulidade, parei a esteira e virei meu rosto suado em sua direção.
— Rebeca! — a repreendi. — Você deveria estar do meu lado. Eu sou a sua irmã!
Ela abriu um sorriso tenso, tentando fugir do meu olhar incriminador, enquanto pensava em uma resposta pertinente, tenho certeza.
— Eu estou — porém, o tom incerto, falho, com que disse, me fez duvidar de suas palavras. Por isso semicerrei os olhos, olhando-a de forma inquisitiva. — É sério — acrescentou, rindo de nervoso.
— Se está falando sério mesmo, explique-se direito.
Rebeca bufou, sendo contrariada mais uma vez, mas ela não se abateu e logo falou:
— Ju, não é porque você sai com esse cara há meses que pode se considerar comprometida — adotando seu tom cauteloso, brando. — Eu ainda acho que ele não é um bom partido, no entanto, como gosta dele, respeito a sua decisão, só não confunda as coisas.
— Está querendo dizer que sou iludida?! — quase gritei, indignadíssima com sua explicação.
Minha irmã desviou o olhar outra vez, para fugir da minha ira, tenho certeza. Não que eu a julgue, de qualquer forma.
— Bem... você está — respondeu por fim, deixando-me de boca aberta, sem palavras. — Ju, você está saindo com ele há meses, e não acho que as coisas devem ser apressadas, mas no estágio em que estão, não concorda que já deveriam ter alinhado as expectativas? Eu te conheço, e sei que não quer viver em um relacionamento sem rotular como relacionamento.
