Capítulo 5

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Dizer que estou ansioso é o maior dos eufemismos

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Dizer que estou ansioso é o maior dos eufemismos.

Eu já troquei de roupa dezena de vezes, e, ainda assim, não me decidi sobre o que quero. Só tenho certeza de uma única coisa: preciso causar uma boa impressão.

Para o que, exatamente? Nada. No entanto, será delicioso ver a cara da minha princesa quando nos reencontrarmos pela primeira vez em seis anos. Este evento merece o meu melhor terno.

— Tem certeza de que precisa escolher o melhor? Você tem vários — Tati bufou enquanto olhava para mim de saco cheio.

Como sou muito indeciso, recrutei a minha irmãzinha para me ajudar a escolher o traje. Pelo visto, porém, ela já está entediada. E não entendo, eu apenas não achei nenhuma das opções anteriores as melhores. Tenho esse direito, certo?

— Exatamente por este motivo preciso encontrar o perfeito! — devolvi, minha voz soando indignada. — Ela precisa ver como me tornei um homem incrível, lindo e muito charmoso.

Tatiane mordeu o lábio tentando, falhamente, conter a risada, pois logo estava rindo feito doida em meu closet. Arqueei uma sobrancelha, sem entender a razão de seu divertimento.

Eu disse algo engraçado? Não entendi.

— Por que está rindo, sua pirralha?

Ela respirou fundo, controlando sua pequena crise, antes de voltar a cair na gargalhada, ignorando completamente a minha pergunta.

Que garota estranha, eu hein!

Enquanto eu permanecia ali sem entender, minha irmã se recompôs, enxugando as poucas lágrimas que derramou, então ela sugou uma respiração e disse:

— Com esse ego gigante só vai irritá-la, vai por mim.

Minha boca se abriu em choque e descrença.

Como esta pirralha ousa dizer que tenho um ego grande?

Eu não tenho!

Bom, talvez um pouco, mas todos nós somos assim, afinal.

— Não é ego grande! — exclamei, sentindo-me atacado. — Estou sendo sincero ao citar os meus atributos, é algo simples.

— Algo simples?! — Ela riu um pouco mais. — Você disse que é lindo e charmoso! Quem diz essas coisas hoje em dia?

— Mas eu sou mesmo! — rebati, meu tom estridente e chocado. — Algum problema com isso, irmãzinha?

— Nenhum. — Deu de ombros. — Agora, vamos voltar aos ternos, antes que eu me atrase.

Tati bufou, se encaminhando para as peças organizadas em ordem de cor, procurando por uma opção que pudesse me agradar. Porém, antes mesmo que ela chegasse ao final, meus olhos recaíram sobre um terno vinho bem escuro, e um sorriso triunfante se esticou em meus lábios.

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