Capítulo 44

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Juliana estava desaparecida há seis dias

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Juliana estava desaparecida há seis dias.

A minha casa estava cheia. Os investigadores, a polícia, algumas pessoas importantes. Todos ficaram aqui para me ajudar a encontrá-la.

Eu estava enlouquecendo. Cada segundo sem uma notícia era como me perfurar e me privar de respirar.

Pensei que o silêncio de Aline duraria 48h no máximo, mas, para onde quer que a maluca tenha levado a minha princesa, já havia se passado 144h, seis malditos dias, e nada.

Nada!

Eu não sabia mais o que fazer, já tinha contratado o melhor investigador, acionado a polícia, e um alerta de busca passava na TV para qualquer pessoa que soubesse ou visse algo pudesse ajudar.

A condomínio onde Aline mora estava cercado noite e dia, nós acompanhávamos cada movimento, porém a mulher parecia ter calculado tudo muito bem e não aparecia ali.

Ela não aparecia em lugar nenhum.

— Você precisa manter a calma — Dante quem disse, tocando o meu ombro com cuidado.

Virei-me em sua direção, o olhando com raiva e incredulidade.

Não era possível que escutaria mesmo aquilo!

— Quer que eu mantenha a calma? — rebati, a minha voz saindo raivosa. — A minha mulher está desaparecida, presa com uma louca há dias, sabe-se lá onde. E pede que eu mantenha a calma?

— Eu sei que é difícil, mas precisa pensar de forma racional.

Como eu poderia fazer isso se estava desesperado?

Era a minha garota, a mulher da minha vida, em cativeiro por um desejo obsessivo de uma desequilibrada. Não havia racionalidade diante desta situação.

Estava prestes a lhe dar outra resposta atravessada, quando o meu telefone começou a tocar. Eu corri até ele, todos me observaram atentos, e para o meu alívio era a Aline.

Um peso enorme saiu dos meus ombros por, depois de tantas tentativas frustradas, a maluca finalmente entrar em contato, mas antes que eu clicasse no botão para atender o investigador me impediu.

— Precisamos rastrear a ligação, fale com ela o máximo que conseguir, e, por favor, não fale nada que a faça mudar de ideia. Se a mulher está entrando em contato é porque deseje uma negociação.

Puxei o ar pelo nariz, concordando com a cabeça e pegando o meu celular novamente. Ele tinha razão, e seria melhor colaborar, era a vida da minha princesa.

Eles grampearam o meu telefone, então se seguisse com o combinado, seria mais fácil rastrear a Aline. Eu atendi imediatamente, levando o aparelho ao ouvido e escutando o som de uma respiração.

— Onde ela está? — fui o primeiro a quebrar o silêncio, o meu coração batia muito rápido, estava em desespero, e todo o cansaço desses seis dias tirando pequenos cochilos cobravam o seu preço.

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