Juliana estava desaparecida há seis dias.
A minha casa estava cheia. Os investigadores, a polícia, algumas pessoas importantes. Todos ficaram aqui para me ajudar a encontrá-la.
Eu estava enlouquecendo. Cada segundo sem uma notícia era como me perfurar e me privar de respirar.
Pensei que o silêncio de Aline duraria 48h no máximo, mas, para onde quer que a maluca tenha levado a minha princesa, já havia se passado 144h, seis malditos dias, e nada.
Nada!
Eu não sabia mais o que fazer, já tinha contratado o melhor investigador, acionado a polícia, e um alerta de busca passava na TV para qualquer pessoa que soubesse ou visse algo pudesse ajudar.
A condomínio onde Aline mora estava cercado noite e dia, nós acompanhávamos cada movimento, porém a mulher parecia ter calculado tudo muito bem e não aparecia ali.
Ela não aparecia em lugar nenhum.
— Você precisa manter a calma — Dante quem disse, tocando o meu ombro com cuidado.
Virei-me em sua direção, o olhando com raiva e incredulidade.
Não era possível que escutaria mesmo aquilo!
— Quer que eu mantenha a calma? — rebati, a minha voz saindo raivosa. — A minha mulher está desaparecida, presa com uma louca há dias, sabe-se lá onde. E pede que eu mantenha a calma?
— Eu sei que é difícil, mas precisa pensar de forma racional.
Como eu poderia fazer isso se estava desesperado?
Era a minha garota, a mulher da minha vida, em cativeiro por um desejo obsessivo de uma desequilibrada. Não havia racionalidade diante desta situação.
Estava prestes a lhe dar outra resposta atravessada, quando o meu telefone começou a tocar. Eu corri até ele, todos me observaram atentos, e para o meu alívio era a Aline.
Um peso enorme saiu dos meus ombros por, depois de tantas tentativas frustradas, a maluca finalmente entrar em contato, mas antes que eu clicasse no botão para atender o investigador me impediu.
— Precisamos rastrear a ligação, fale com ela o máximo que conseguir, e, por favor, não fale nada que a faça mudar de ideia. Se a mulher está entrando em contato é porque deseje uma negociação.
Puxei o ar pelo nariz, concordando com a cabeça e pegando o meu celular novamente. Ele tinha razão, e seria melhor colaborar, era a vida da minha princesa.
Eles grampearam o meu telefone, então se seguisse com o combinado, seria mais fácil rastrear a Aline. Eu atendi imediatamente, levando o aparelho ao ouvido e escutando o som de uma respiração.
— Onde ela está? — fui o primeiro a quebrar o silêncio, o meu coração batia muito rápido, estava em desespero, e todo o cansaço desses seis dias tirando pequenos cochilos cobravam o seu preço.
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Obra do Amor - Série Obras Livro 2
Romance+18| Slow burn| Haters to lovers| Second chance| Aproximação forçada VINÍCIUS nunca escondeu a sua paixão pela garota determinada que conheceu na adolescência. E quando o garoto finalmente pôde desfrutar de seus sentimentos, uma catástrofe aconteceu...