Capítulo 23

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Quando eu saí de casa esta manhã, não esperava me deparar com o causador de todos os meus problemas

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Quando eu saí de casa esta manhã, não esperava me deparar com o causador de todos os meus problemas.

Mas é claro que eu não teria tanta sorte assim.

Então, tive que ser burra o suficiente para chorar em seus braços fortes e acolhedores, que me envolveram e aqueceram tão bem, confortando a minha dor. Porque claro que ele tinha que ter o melhor abraço do mundo e me fazer desejar nunca sair de lá.

Sou uma grande idiota, é isso.

Ou só está buscando desculpas para seus reais sentimentos.

Argh! Eu definitivamente odeio esta voz enxerida!

Não estou escondendo nenhum sentimento! Que sentimentos eu poderia estar escondendo, se já deixo bem claro que o odeio? Vinícius está no mesmo lugar de sempre, e não pretendo tirá-lo de lá nunca.

Então, por que quase tive um ataque fulminante quando o homem me entregou o meu bolo favorito? Ou prometeu vingar o meu coração ferido? Ou deixou claro que não desistiu de mim? Eu não deveria ter sentido nada disso.

Ai, que merda! Nem consigo ficar brava sem que o idiota venha e estregue tudo.

Vinícius pode ter quebrado o meu coração, mas ele não deixa de parecer perfeito aos meus olhos, exatamente, como há oito anos atrás, quando me deu a mão naquele parque e me beijou com devoção na roda gigante.

E esta é a questão. Ele não deveria continuar tão perfeito, ou tão gentil e ainda mais lindo que antes. Cada uma dessas coisas me faz duvidar de tudo o que me apeguei nos últimos anos, e não gosto disso.

Eu não erro!

No entanto, existe essa voz bradando dentro de mim, que me diz que eu posso ter sido precipitada em meus julgamentos, que eu posso ter falhado de verdade. O que é ruim pra caramba, sendo sincera, pois tenho medo de que essa voz esteja certa. Medo de que eu o tenha julgado mal.

Decidida a não sufocar ainda mais em meus sentimentos conflitantes e bagunçados, resolvi ir até a copa, buscar um pouco de café. Já que não tive coragem de pedir que o meu ex ficasse um pouco mais, como tanto desejei, após o momento mágico no chão da minha sala.

Ainda não acredito que sentamos juntos, como antes, e comemos bolo de chocolate sem qualquer provocação. Apenas apreciamos a nossa companhia, e de quebra, agi como uma tola apaixonada e dei cada pedaço em sua boca como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Por que você me confunde tanto, ursinho? Eu detesto não ter o controle...

A viagem no elevador foi bem rápida e enquanto caminhava com minha caneca rosa pelo corredor vazio, pude ouvir risadas vindo do lugar de descanso. Era o Vini, eu reconheceria aquele som em qualquer lugar. E não posso mentir, a vibração gostosa enviou um arrepio por minha espinha, aquecendo o meu âmago com as borboletas soltas no estômago.

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