Capítulo 34

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Segunda, saí do trabalho e vim direto para a casa da minha mãe

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Segunda, saí do trabalho e vim direto para a casa da minha mãe.

Rebeca disse que queria falar comigo e aproveitaria para atualizá-la sobre os últimos acontecimentos da minha vida. Que felizmente eram ótimos.

Estava agora deitada em sua cama, uma bacia cheia de pipoca em nosso meio, e minha irmã muito apreensiva me olhando.

Por si só, todo aquele suspense era estranho demais. Rebeca gosta de ser objetiva e odeia que enrolem para contar as coisas. Ela só é boa em guardar os segredos dos outros, pois os dela, todos ficam sabendo.

Podemos dizer que é uma verdadeira boca aberta.

— E então? — A olhei, levando um punhado de pipoca a boca.

Minha irmã suspirou e engoliu em seco, parecendo insegura sobre o tema da conversa. Eu esperei em silêncio, deixando que se sentisse a vontade para falar.

Mas não nego que estava achando tudo aquilo muito estranho. Espero que nada grave tenha acontecido.

— Ai, Jujuba... — Colocou um travesseiro no rosto, bufando e se virando para mim em seguida. — Eu me apaixonei.

Um sorriso imenso surgiu em minha boca e, rápido, deixei a pipoca de lado.

Uau... Isso é incrível, fadinha — comentei animada, surpresa também.

Rebeca nunca mencionou ninguém em quem estivesse interessada. Já cheguei até a cogitar que fosse arromântica. E estive muito errada, percebo. Ela ainda só não tinha encontrado uma pessoa que valesse a pena.

— Me fala um pouco do sortudo que ganhou o seu coração. Esse evento merece cada detalhezinho.

Ela desviou o olhar para as mãos, suas bochechas ganhando uma tonalidade rosada que me surpreendeu mais uma vez.

Minha irmã nunca cora... alguma coisa muito estranha está acontecendo.

— Bem — começou, brincando com a fronha de seu travesseiro, ainda evitando os meus olhos. — Não é um ele.

Senti o queixo indo parar no chão com a informação.

Se não era um ele, só podia significar que...

— Você é lésbica?! — gritei, a surpresa fazendo minha boca se abrir e meus orbes crescerem de tamanho.

Caramba... isso sim era surpreendente!

— Para de gritar — repreendeu-me, colocando a mão em meus lábios. — Nossos pais não sabem — contou em seguida.

Suspirei, sentando-me novamente e processando as confissão.

Não achava aquilo ruim, pelo amor de Deus. Era só chocante demais.

— Desculpa, fadinha — pedi, abrindo um sorriso acolhedor para ela. — Agora, pode me contar quando descobriu isso? Quando se apaixonou?

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