Capítulo 20

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Você precisa se libertar da culpa, Vinícius

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Você precisa se libertar da culpa, Vinícius.

Dra. Gabe encerrou a nossa sessão com essas palavras, e eu passei vários minutos esparramado em minha cama pensando sobre o assunto, pensando em como tornar isso possível.

A parte ruim da terapia é que preciso encontrar as respostas sozinhos, e agora me sinto um paralisado. Eu quero poder me livrar da culpa que sinto, mas parece algo tão difícil e desafiador. Sinto como se fosse aquele quarto escuro, sem saída e sufocante.

Foi por isso que quando a mensagem do Dante brilhou em meu celular eu não pensei duas vezes:

Estou fazendo a festa prometida. Te espero aqui *endereço*

Saí da cama king size e fui até o meu banheiro, e depois de um banho rápido, estava pronto para deixar os problemas de lado por uma noite divertida.

Talvez seja este o meu problema: fico muito tempo remoendo cada um dos conflitos em minha mente, ansiando por uma maneira de voltar no passado e mudar tudo, mesmo sabendo que não existe.

Mamãe estava na sala quando desci e perguntou preocupada:

— Nada de ruim aconteceu, certo?

Eu sorri por sua demonstração genuína, sabendo que seja qual for o problema, terei dona Mariana ao meu lado como uma âncora prestes a me firmar no chão.

Tenho uma mãe perfeita, fazer o quê.

— Não, fica tranquila — Ela relaxou os ombros e devolveu o meu sorriso. —, só estou indo para uma festa — completei.

— Bem, então se divirta, meu amor, e juízo, ok?

Ri fraco, não podendo evitar sentir como se eu ainda fosse um jovem se aventurando com os amigos.

— Pode deixar.

Então, dei um beijo em sua bochecha e saí de casa, avisando ao Dante que estava indo. Não obtive resposta, mas digitei seu endereço no GPS e segui a rota proposta enquanto ouvia uma trilha sonora diferenciada: Belo.

Desde o beijo mais mágico e intenso que já tive, não consigo parar de pensar em Juliana e sua boquinha deliciosa. Na forma como o encaixe ainda é perfeito e magnífico. Se eu pudesse, teria parado aquele momento para sempre.

Agora, tenho que dormir e acordar com uma ereção enorme me incomodando, e tudo isso porque a esquentada roubou a porra do meu autocontrole.

Caramba, eu jurei que só a beijaria quando o bostinha estivesse fora de cenário, e bastou aqueles olhos chocolates suplicarem por mim desejosos, aquela voz doce como um sussurro angelical, para tudo ir para os ares e eu atacar seus lábios cheios com afinco.

Eu sou um desastre mesmo.

No entanto, não vou negar que adorei cada mísero segundo em que estive devorando sua boquinha saborosa, pois eu amei. E amei mais ainda que a advogada tenha implorado por mais, não uma, mas três vezes.

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