Capítulo 24

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Se eu fechar os olhos ainda posso ver aquelas írises arregaladas de surpresa por meu gesto

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Se eu fechar os olhos ainda posso ver aquelas írises arregaladas de surpresa por meu gesto.

Foi intencional trocar de calça em sua sala, precisava saber se a mulher ainda reagia a mim e, porra, ela não só reage, ela incendia e transborda.

Agora, preciso trabalhar para arrancar o medo falando mais alto em sua cabecinha linda, só desta maneira terei a minha princesa de volta. Prontinha para embarcar nas minhas loucuras, como nos velhos tempos.

E espero poder fazer isso hoje. Ou pelo menos começar as mover as montanhas que nos separam, já que o bostinha não é mais um problema.

Um sorriso se desenhou em meus lábios com o último pensamento, e deixei a água escorrer por minha pele relaxando cada músculo tenso.

Eu posso ter ficado muito empolgado hoje na academia, com a menção de que verei aquela esquentadinha gostosa pra caralho. E sim, isso é a minha libido falando alto. Estar perto dela tem me deixado cada dia mais próximo de ter uma combustão sem sequer haver um contato real carne com carne.

Mas prometi ser paciente, e como cumpro com as minhas promessas — exceto encontrar outra, porque isso está fora dos limites —, esperarei até a advogada estar pronta. E sei que vai valer a pena. Com ela, tudo é perfeito, não tem razão para a pressa.

Abrindo um sorriso levado, enrolei a toalha felpuda na cintura e saí do box, olhando-me no espelho embaçado com um gás novo. Antes, eu só queria esquecer a vontade louca de matar o bostinha mal caráter, agora, quero apenas olhar para a minha mulher e garantir que estejamos num clima leve de novo.

Talvez eu seja dependente dela, entretanto, quem tem o direito de me julgar? Exatamente, ninguém.

Em meu closet, escolhi uma calça jeans preta e uma camiseta de algodão verde menta. Pode ser que eu tenha comprado com o único intuito de impressionar a advogada, e claro que ela não precisa saber.

O tênis em meus pés era preto também e fiz questão de passar bastante perfume, pois sei que — embora ela negue até a morte — ama o meu cheiro. Juliana me elogiava muito antes.

"É como manhã ensolarada de um domingo, eu poderia viver aqui"

Ela sempre dizia isso com o rosto colado ao meu pescoço. E ao me recordar de sua voz doce, um sorriso satisfeito pintou minha boca. Terminei de me arrumar aplicando meu spray de menta. Eu preferia que fosse uma bala, mas não tive tempo de comprar, ontem foi um dia cheio na fábrica.

Quando saí do closet, Tatiane entrou em meu quarto, olhando-me com um sorrisinho sugestivo e olhos admirados.

— Você está bonito, Vini — elogiou, fazendo o meu sorriso se alargar.

— Obrigado, pirralha. — Aproximei-me para bagunçar seu cabelo, uma careta engraçada surgiu em seu rosto e ela afastou a minha mão. É legal irritá-la. — Tem certeza que não quer ir? Ainda dá tempo.

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