Capítulo 12

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Eu me odeio pra valer!

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Eu me odeio pra valer!

Como pude ter tido aquele sonho? Era o Vinícius caramba! E ainda o imaginei de uma forma depravada e suja. O que está acontecendo comigo? Não sou assim!

E estou com o Gustavo agora, deveria ter sido ele na fantasia!

Mas quer saber? Que se foda. Ninguém pode ler minha mente, ou descobrir o tipo de sonho sujo que tenho de vez em quando. Por isso é algo íntimo.

Respirei fundo, fixando o pensamento para me acalmar. Dois dias, sem nem ao menos ver aquele rostinho bonito e sinto como se tivesse cometido o pior dos pecados. É tão horrível a sensação.

Olhei-me no espelho, chupando outra respiração antes de alisar o amassado invisível em meu vestido de cetim vermelho. Como sou amante de roupas sexys, escolhi a peça com o intuito de me sentir bonita e quem sabe expulsar a sensação de que tem algo de errado com meu corpo.

De vez em, quando eu simplesmente olho no espelho, ou me acho muito magra, ou muito feia. É decorrente de todo o bullying que sofri na escola e me prejudica pra caralho, no entanto, não consigo me livrar disso. E acho que ter Vinícius aqui trouxe essas inseguranças novamente.

Uma grande merda, eu sei.

Ajeitei o cabelo pela última vez, deixando que meus cachos castanho-escuros ganhassem mais volume e sorri para a minha imagem, empurrando os ombros para trás, assim eu voltaria a minha pose altiva de sempre.

Então, peguei a bolsa pequena e deixei o meu quarto, enviando uma mensagem a minha melhor amiga logo em seguida. Camilla me convidou para uma balada com o pretexto de se divertir um pouco, e como tenho estado bem ocupada com meu trabalho, aceitei.

Juliana: Saindo de casa agora, ursinha.

Avisei enquanto chamava o elevador, mentalizando mais uma vez que sou incrível e linda pra caralho. Ajuda com a insegurança. E sim, ela tem o mesmo apelido que aquele idiota, mas as razões são diferentes.

O irmão dela lhe chamou assim desde que nasceu, e eu, apelidei Vinícius dessa forma pelo modo como ele agia comigo. Protetor. Fofo. Carinhoso...

Não pense nele, Juliana! Seria o melhor para a minha sanidade.

Camilla: Estou te esperando.

Um vinco surgiu em minha testa com suas palavras concisas, não que tenha algo de errado com isso, é claro, mas ela disse apenas "estou" e não "estamos", o que é bem estranho, levando em consideração que seu noivo é como um chiclete.

Tem alguma coisa bem séria acontecendo e minha amiga está escondendo de mim.

Bufei, um pouco chateada com a situação, porém preferi não comentar nada e saí no hall dando de cara com seu Messias.

— Boa noite, dona Juliana! — desejou, lançando-me um sorriso amigável. — Sua encomenda ainda está aqui, e chegou outra ontem.

As palavras do senhorzinho me fizeram engolir em seco. Imagens de mim entrando em meu apartamento com três pacotes na mão e depois tudo desaparecendo para dar palco a uma boca macia e uma língua quente e aveludada mordendo e sugando os meus seios, voltaram com tudo.

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