Capítulo 30

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"Vou acabar me apaixonando novamente"

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"Vou acabar me apaixonando novamente"

As palavras não paravam de rodear os meus pensamentos, trazendo um sorrisinho bobo a meus lábios que não sumia por nada e uma sensação gostosa a meu corpo que o aqueceu por completo.

Não estive tão feliz por ouvir algo, como estive quando a frase saiu de sua boquinha deliciosa, há anos. Agora, só precisamos trabalhar com calma e recuperar todo o tempo perdido, e por sorte, estou mais que disposto a fazer isto. Só assim aquela esquentadinha vai perceber que nascemos um para o outro, que somos a combinação perfeita.

— Tudo bem, filho? — mamãe perguntou preocupada, seu cenho franzido enquanto me encarava, segurando sua xícara de porcelana.

— Sim!

Tati é a única que sabe sobre o meu acerto com a Ju, prefiro esperar um pouco, antes de expor para a minha família, e confesso que é por medo do que possam pensar. Mamãe não ficaria brava, tenho certeza, mas, ainda assim, quero garantir que eu e o meu coração estejamos seguros, portanto, manterei minha boca fechada como um túmulo, e sou ótimo nisso.

— Você parece mais feliz hoje. Conta o que aconteceu.

Seu comentário me fez engolir em seco, sentindo as bochechas esquentarem, por não saber ao certo o que dizer.

Que dona Mariana é astuta, não é novidade, no entanto, esperava poder passar despercebido. Mas claro que mamãe teria olhos de águia prontos para identificarem cada mudança em mim.

Deve ser algum tipo de superpoder, aposto.

— Não é nada demais, só acordei de bem com a vida.

E não é de todo mentira, o que eu ocultei, contudo, é que, o motivo dos meus sorrisos e suspiros apaixonados tem um metro e sessenta e cinco, cabelos cacheados lindos, uma boca tentadora e que adora me tirar de sério.

Mariana não mediria esforços para saber cada mínimo detalhe se eu contasse a verdade completa. Minha mãe sabe arrancar as palavras das pessoas sem esforço, ela tem um jeitinho fácil de te ganhar, por isso preciso ser esperto.

— É bom te ver feliz, meu amor — Abriu um imenso sorriso, tão acolhedor e maternal que sorri também. —, mas não comprei sua desculpa, ainda quero saber essa história direitinho.

Eu disse que a mulher é astuta, deveria ter previsto que não acreditaria cem por cento.

Bufei, sentindo-me contrariado, entretanto, logo abri um pequeno sorriso, pensando no método perfeito para fugir dela. Hoje, pelo menos, sei que quando tiver a oportunidade vai me intimar para saber tudo.

— Conto depois, estou um pouco atrasado. — Dei um longo gole em meu café forte e levantei, deixando-a embasbacada com minha atitude.

Tati me seguiu, rindo por eu ter fugido da nossa mãe, e depois de dar partida no carro, olhei para a pirralha e disse:

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