Vale da morte

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Dois dias de viagem depois

Acabamos adentrando em uma mata completamente escura, e não é por ela ser maligna ou algo do tipo, é porque suas árvores são fartas em folhagem e cabam tampando a luz do sol, porém, alguns feixes de luz solar invadem o ambiente passando entre as brechas que as folhas deixam.

Akira olhava para cima tentando enxergar o céu, ele também olhava ao redor um pouco assustado. Talvez isso também seja algo novo para ele.

– que lugar é este, Aki? –perguntou Aksel

– eu ainda não sei. Mas sei que em breve uma resposta virá –respondeu Aki

Uma brisa suave percorreu pela mata passando por nós e atingindo o rosto de Aki que parou no meio do caminho de repente ao sentir a brisa em seu rosto.

– o que aconteceu? –perguntou Akira

– o senhor está aqui –disse Aki

– estou –respondeu o Soldado aparecendo tão repentinamente em nossa frente

– como... você não estava na vila? Como eu parar aqui tão de repente? –perguntei

– eu disse que estou em todos os lugares

– eu ando com o Soldado a um tempo, mas confesso que sempre me surpreendo com tamanho poder –disse Aksel

– é melhor irem se acostumando, novatos –disse Aki se referindo a mkm e a Akira

– vocês vão passar por um teste agora, mas será um teste de confiança. Não se assustem com o que encontrarem pelo caminho, eu sempre estarei de olho em vocês. Nunca estarão sozinhos

– e que teste é esse? –perguntou Urick

– de confiança

– eu sei, mas me refiro ao local

– nem tudo vocês precisam saber. Estão prontos?

Nos entre olhamos um pouco confusos e assustados mas decidimos confiar no Soldado, afinal, desde que o conheci, ele nunca decepcionou.

– certo. Então continuem andando

Em um piscar de olhos ele sumiu da nossa vista, o procuramos aos arredores mas não vimos nem mesmo sua sombra. Aki sorri e então José diz para seguirmos o caminho.

Estávamos conversando sobre qualquer coisa que acontecia em nossas vidas, mas de repente as vozes dos meninos ficaram distantes e a mata foi ficando cada vez mais escura.

– por que ficaram em silêncio tao de repente? –olho para o lado para perguntar a eles mas os meninos haviam sumido

Paro no meio do caminho procurando por eles olhando por toda extensão da mata onde minha visão alcança, mas não os encontro. Quando e como eles desapareceram?
Continuo andando na tentativa de encontra-los mas quanto mais ando, mais escuro fica e eu não sei onde eles estão, onde eu estou, ou se ao menos estou perto da saída.

O silêncio desse local é enlouquecedor, é tão quieto que posso ouvir minha respiração ofegante por estar assustada.
Ouço um som esquisito vindo do meu lado esquerdo, olho para esta direção, e, entre a segunda e a terceira árvore, está um ser, não sei se é mago ou outra coisa mas pelo seu tamanho não pode ser um anão, e a raíz grossa e grande de uma árvore cobriu a sua cabeça como um capacete fechando até seu pescoço, eu vi o movimento que ela fazia, comparado ao de uma garganta subindo e descendo toda vez que ingerimos algum alimento

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