Agradeço ao mesmo e me dirijo até a casa da anciã onde Akira está hospedado. Ela me dá pão com chá e mais una vez enche a mesa de cerejas e uvas.
Depois de comer, volto para o centro da aldeia em busca de algo para ser feito, ouço o som de martelos batendo em ferros do outro lado da aldeia; o som vem de dentro de una cabana de madeira com duas pequenas janelas quadradas.Ao me aproximar, vejo Aksel ajuda do os homens a forjar algo, que ainda está sem forma. Essa coisa sem forma está terrivelmente quente, pois há um laranja meio avermelhado em sua estrutura mostrando que foi posta no fogo
– pequena guerreira! –disse um dos grandes e fortes homens ao notar minha presença– como passou a noite?
– bem, obrigada
– oi, Cat –disse Aksel e Akira juntos
– como está Yarin? Ela está melhor? –perguntou o segundo homem
– aparentemente sim, ela está melhor que antes. Está dormindo agora
– obrigado por se dispor a cuidar dela –disse o terceiro homem
– é apenas o meu trabalho. O que estão fazendo?
– espadas e facas –respondeu Aksel
– vocês são guerreiros?
– não. Se fôssemos, aqueles homens estariam mortos –disse o segundo homem– somos ferreiros, ferreiros de nascença. Nosso povo forja espadas, facas, adagas, machados, e mandamos para os homens na cidade ou qualquer outro reino que queria comprar nossa mercadoria
– que legal! Nunca vi ninguém forjando uma espada antes. Esta é o que?
– uma espada. Vocês gostaria de ver o processo? –perguntou o primeiro homem
– sim –digo animada entrando na cabana
Os homens trouxeram uma barra de aço já aquecida para o apoio de pedra. Eles martelam, modelando o metal e nascendo assim una lâmina. Depois de laminada, a espada passa por um tratamento térmico como eles chamam, ou seja, novamente levada ao fogo, para definir sua dureza.
Quanto mais dura, mais fácio quebrar e mais afiada é.
– incrível... –digo impressionada
– agora deixaremos esfriar e vamos exportar para fora da aldeia
– e vocês vão até lá?
– as vezes. Geralmente eles vem até nós. Eles pediram para deixar pronto até hoje, que é o prazo de entrega, amanhã, os homens estarão aqui para levar as espadas
– Catherine –apareceu Aki na porta da cabana– ele está aqui. O Soldado está aqui
Rapidamente saio da cabana indo direto para a casa de Yarin acorda-la. Ela ainda dorme, com pressa e rigidez sacudo seu corpo, a mesma acorda confusa
– o que foi? Por que está me acordando de uma maneira tão bruta?
– o Soldado, ele está aqui
Yarin abriu seus olhos e literalmente deu um salto da cama, saindo pela porta ela corre até o centro da aldeia. Corro logo atrás dela, no meio caminho, bem próximo a ele, ela hesita em continuar, ela o observa cumprimentando algumas pessoas que maravilhadas o olham não querendo deixa-lo ir.
O Soldado olha para nossa direção tendo seus olhos fixos em Yarin. Constrangida ela abaixa a cabeça, ela até pensa em andar para outra direção, mas não consegue sair do lugar, mal consegue pensar em algo. Acredito que esteja passando muita coisa em sua mente confusa agora.
O Soldado se aproxima dela, a poucos, bem poucos metros de distância, ele a observa com um sorriso leve, sem mostrar os dentes– Yarin –ele a chama
– como... –ela levanta a cabeça– como sabe o meu nome?
– eu vi você, Yarin. Ouvi seu coração chamando por mim nesta madrugada
– você... me ouviu? Você pode ouvir meus desejos?
– posso. Eu sinto a sua dor, ouço o seu lamento
Yarin começou a s mostrar instável emocionalmente, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto
O Soldado se aproxima, ficando mais perto dela, ela recusa encolhendo os ombros– está tudo bem, Yarin. Está segura comigo
– não confio em homem algum
– por que não? Conte a mim
– porque... por que um homem me machucou! Eu ainda sinto o cheiro dele em mim, não tem um dia em que eu não queria arrancar minha pele porque ainda sinto ele me segurar!
O Soldado abre os braços para lhe abraçar, mas ela se afasta dando dois largos passos para trás abraçando abraçando próprio corpo
– não se aproxime de mim... aquele homem me deixou suja
– Yarin –ele se aproxima– você não está e nunca será suja. Está tudo bem
O Soldado a envolve em seus braços e Yarin cai em completo choro. É um choro amargo, que vem do mais profundo da sua alma sofrida.
Yarin cai de joelhos no chão, o Soldado não a solta, ele se ajoelha junto com ela enquanto calorosamente a acolhe em seus braços.
Fico sentada no chão abraçando minhas pernas tentando segurar minha emoção, já passei por isso antes e agora eu tenho a certeza de que Yarin ficará bem.Poucos minutos se passaram e Yarin se acalmou, o Soldado a solta e um sorriso largo e iluminado está estampado em seu rosto enquanto seus olhos brilhantes encaram o homem que acabou com sua angústia.
Ela se levanta do chão e maravilhada sem até mim correndo me tomando em um abraço espontâneo– ele é realmente tudo aquilo que você falou –ela se separa de mim– obrigada
O Soldado se aproxima de nós com um sorriso
– Catherine, fico feliz que tenha acolhido os oprimidos, um dos principais objetivos da missão
– obrigada
– Yarin, assim como Catherine, sua história servirá para inspirar outras mulheres que passaram pelo que você passou. Você sobreviveu, e isso é lindo
Yarin ficou ainda mais contente, e com pequenos saltos de alegria, ela abraça o Soldado repentinamente fazendo o corpo do mesmo cambalear.
Sorridente o Soldado a abraça novamente e então Yarin se solta e saltitante volta ao foco da aldeia.– você fez um bom trabalho –disse o Soldado a mim
– você nos treinou bem
Todos da aldeia muito curiosos vieram ver do que se tratava um Soldado estar de repente aqui. Alguns pensaram ser o início de uma guerra, outros acharam que fosse mais um viajante, mas Yarin espalhou para todos os desavisados que ele é o nosso Mestre e que ele a livrou da dor que estava sentindo.
Todos então começaram a rodea-lo e a enche-lo de perguntas.O Soldado disse para todos se assentaram que ele responderia cada uma delas.
Todos animados perguntavam e suas dúvidas lhes eram tiradas, foram logos minutos de explicações e perguntas que até mesmo Aksel e Urick junto com Akida participaram– Mestre, eu tenho uma pergunta. Por que ainda há sofrimento pelos reinos? E geralmente são pessoas tão boas que passam por essas coisas –perguntou uma anciã
– neste mundo corações ainda vão se partir, mas no fim, a luz vencerá as trevas. O mal será expulso da face da terra e todos poderão viver em segurança novamente
– e quando vai castigar aqueles magos vermelhos? –perguntou uma criança
– o juízo deles já está próximo. Chegará o tempo onde nada mais vai atormentar vocês
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O Homem que fala através do vento
FantasíaCatherine, criada em uma humilde cidade na simplicidade de seus pais nunca deu um passo para fora de sua cidade. Por mais curiosa que seja, nunca teve a oportunidade de ir, pois apenas pessoas convocadas participam de missões além da cerca é ninguém...