A Luta

2 1 0
                                    

Mais tarde o capitão nos deu um quarto de hóspedes, dissemos que poderíamos dividir o quarto sem problemas então ele preparou duas peles grandes de urso e as pôs no chão, nos deu um travesseiro e cobertores, se lamentou pelo ato do rei ter tirado bom proveito de nós e nos chantageado mas nada mais disso importava no momento, agora, eu só quero dormir

...

A claridade da listas solar incomoda meus olhos. Me levanto da cama abrindo lentamente meus olhos e afastando o cabelo do meu rosto. Agora está dormindo como um bebê, com as mãos mãos da cabeça deitado de lado enquanto respira suavemente. Aksel parece morto, dorme de barriga para cima com as mãos em cima do peito. Urick está na mesma posição que ele, talvez porque Aki os posicionou assim.

Aki não está mais na cama,  provavelmente já despertou primeiro.
Vou até a sala pata ver se encontro Aki, o vejo sentado no no apoiado apoiado seu cajado, ele está cochilando, e o impressionante é que seu cotpo está perfeitamente estável.

Não acredito que ele saiu da cama para dormir aqui

– Aki!

Chamo seu nome apenas um vez e ele acorda assutado, ele me encara ainda tentando saber quem era ele, seus olhos estavam inchados e seu rosto estava vermelho feito um tomate, ele se alonga soltando o ar pela boca e em seguida põe a mão na cintura

– o que foi?

– o que estava fazendo dormindo aí? Deixou sua cama para dormir no chão da sala?

– eu estava conversando com o Soldado esta madrugada

– o Soldado esteve aqui?

– esteve. Ele me contou que esta noite iremos atacar a cidade

– mas e os meninos?

– eles estão bem, antes de ir, ele foi até o quarto e pousou sua mão suavemente em suas cabeças. Em breve eles vão levantar como se nada tivesse acontecido

– bom dia –disse Akira vindo até nós ainda sonolento

– bom dia, filho! Como passou a noite?

– passei bem, tive um sono tranquilo. Onde está o senhor Zadoque?

– estou aqui –respondeu ele surgindo da cozinha– preparei o café para vocês, melhor comerem antes de passarem pela batalha

O acompanhamos até a cozinha e comemos oque ele nos deu. Zadoque se levanta da mesa e diz que vai sair ao mercado local pata comprar algo que falta para o almoço, um tempero, uma especiaria que ele gosta.
Neste mesmo período, Urick aparece na porta da cozinha junto com Aksel, ambos estão perfeitamente bem, não aparentando terem sofrido nenhum dano

– o Soldado fez um ótimo trabalho –disse Aki sorrindo– pelo ferimento e a quantidade de veneno injetado, era para estarem se apoiando nas paredes, não conseguindo andar direito

– estão perfeitamente bem –digo incrédula

– e o que você esperava? É o Soldado!

O Soldado... De onde sai o seu poder? Obviamente ele não é humano. O que ele é?
Estamos decidindo com Aki como iremos atacar e também qual será o plano.

Escutamos o barulho da porta se abrindo e em seguida se fechando, Zadoque chegou em casa. Ele passa por nós afobado com algo enquanto põe as sacolas de pano no canto da parede

– está um falatório na cidade! Descobriram que os visitantes que estão hospedados na minha casa são soldados e vieram para destruir –ele direciona seu olhar para Aksel e Urick– despertaram, que bom! –ele sorri– feliz em ver vocês recuperados, para estarem tão bem assim, só pode ter sido obra do Soldado. Voltando ao assunto, provavelmente vocês correm perigo

– e por que? –perguntou Akira

– porque os Kontrolluri não não controlam seus corpos, mas também suas mentes. Os pensamentos e questão que eles têm não são a voz de sua consciência, e sim as vozes deles. Já plantaram em suas mentes que vocês estão aqui para destruir e não para ajuda-los

– eles não percebem que mentiram para eles? –perguntei

– não. Porque pensam ser livres e que seu senso de justiça é oque importa. Vivem em uma verdade distorcida, uma liberdade amarrada. Será difícil agora

– por que? –perguntou Aksel

– se eles resolveremos cercar a casa, não só terão que enfrentar Kontrolluri"s, mas sim, pessoas revoltadas

Nos entre olhamos percebendo que não seria tão fácil assim. Será que o Soldado nos ajudaria? Estou torcendo para que eles não cerquem a casa, não tem porta dos fundos e também não há uma outra forma de sair e nem como subir pelo teto.
Tudo o que nos resta é torcer para que não decidam cercar o local.

...

Está escurecendo, o céu rosado misturado com o laranja nos indica o fim da tarde.
Respiramos fundo por saber oque nos espera, não temos noção, mas vamos seguir o plano de Aki.

O plano é, ir até o máximo de pessoas que conseguirmos e passar a espada por cima de suas cabeças, mas nao será apenas isso, neste ato, estaremos cortando as cordas que as mantém presas como marionete na mãos dessas criaturas malignas.
Claro que isso irá fazer um enorme alvoroço, mas estaremos alerta e o Soldado nos guiará na hora.

O sol se pôs por completo, a hora chegou. Zadoque disse que estaria pelas malas longe da cidade e que nos encontraríamos em breve.
Ele sai pela porta deixando nós cinco aqui sozinhos

– Soldado, não nos faça sair daqui se você não for com a gente –disse Aki

Uma brisa suave entrou pela janela atingindo seu rosto, a brisa também atingiu nossos corpos, e pude sentir que não era uma brisa qualquer, parecia que alguém estava me encorajando através dela.
Aki sorri, então, ele abre a porta saindo da casa. O seguimos, ele disse para nos espalharmos. Assim fizemos, a primeira pessoa que encontrei, passei a espada em sua cabeça, ela se assustou, óbvio, ela me perguntou oque eu etava fazendo e olha para cima em uma tentativa de ver oque eu havia cortado

A mulher gritado pavor, ela cai no chão tremula ao se deparar com esta enorme, densa e aparentemente palpável sombra densa de olhos vermelhos, não tem rosto, apenas olhos vermelhos e brilhantes no meio da escuridão. A arrasto pata longe da sombra e corro para ajudar ajudar outros; a medida em que ru cortavam as cordas, os olhos deles se abriram e o pânico tomou conta do local.
Os moradores começaram a correr desesperados e sem rumo de um lado para o outro tentando saber para onde iam, muitos caíam no chão, se machucavam, o verdadeiro caos.

De repente no céu, vejo um homem saltando entre os telhados das casas. Quando ele descia para o chão em pouso perfeito, ele ganhava impulso e saltava alturas surreais para cima das criaturas enquanto as cortava com sua espada flamejante.

Esse homem é o Soldado.
Ele veio nos ajudar.

Aki, depois de fazer sua parte, estava chamando a atenção da multidão as direcionando a saírem da cidade, talvez ele saiba para onde as levar.

Ao terminar tudo isso, saímos da cidade assim como Aki, o Soldado nos disse pata entrar na mata e seguir a trilha em linha reta que em breve acharíamos um abrigo.
Eu, Aksel, Urick e Akira, estamos assustados demais por causa de tudo que acabou de acontecer, não estamos dizendo uma palavra, apenas o som da nossa respiração ofegante ecoa pela trilha e nossos olhos arregalados indicam nossa surpresa.

Isso tudo é totalmente novo para mim, eu nem acredito que lutei contra forças malignas. Quando eu voltar, contarei tudo aos meus pais. Estou ansiosa para ver a reação dela.

Chegamos a um local totalmente desconhecido no meio do nada, parecia ser um campo e nele há uma casa, várias na verdade, então posso dizer que aqui é uma vila.
Os habitantes da cidade estão aqui, Aki os trouxe para cá, e para nossa surpresa, o Soldado já está cuidando deles.

A onipresenca do Soldado já não nos assusta mais, mas não deixou de ser incrível.

O Homem que fala através do vento Onde histórias criam vida. Descubra agora