– com quem você está falando? –perguntou Akira
– com ele –mostro o fio aos mesmos que se aproximaram de mim para ver– o homem ruivo esteve aqui
– ei, homem ruivo, seja lá onde estiver, muito obrigado! –gritou Aksel
Felizes nós comemos, quando ficamos satisfeitos, voltamos a andar nos perguntando que espécie de flores eram aquelas que nos fizeram passar tão mal
_________________________________________Quando os jovens alcançando uma certa distância, o homem ruivo apareceu em um passe de mágica no local onde eles estavam, com um sorriso no rosto ele os assiste indo embora
- não tem o porquê me agradecerem
E então da mesma forma que veio ele vai embora. Sem explicações.
_________________________________________Aki pelo caminho nos explica oque aconteceu. Ele disse que essas flores são silvernist, flores venenosas e em alguns casos são letais. Elas percebem quando há pessoas passando por ali e liberam uma espécie de pólen imperceptível aos nossos olhos e olfato nos causando coceira, febre, perca dos sentidos, e tudo mais que apresentamos.
É notório que Aki explica constrangido, mas ainda não sabemos o por quê, ele ficou em total silêncio depois da explicação.Ficamos andando por horas até que estávamos quase chegando e sabíamos disso porque Aki havia nos dito que quanto mais a gente se aproximasse, mais cheiroso o ar ficava, isso por causa das flores que rodeiam o lugar.
E por fim achamos, a caminho das flores. O caminho de flores é exatamente como Aki descreveu, seguimos essa trilha felizes e comemorando por termos concluído essa parte da jornadaAo chegar em sua vila, vejo uma casa com um lindo jardim repleto de flores amarelas e azuis, a casa tem janelas azuis e sua parede é branca, seu teto é de madeira com uma chaminé que está saindo fumaça e em tudo há decoração de flores. Poucos passos a frente da casa há um homem nos esperando, ele está com um sorriso enorme no rosto e, ao ver que estamos nos aproximando, vem andando ao nosso encontro nos receber
– que alegria tê-los aqui! –diz ele com os braços abertos
– quem é você? –perguntei
– eu sou o Poeta
Estranho, sua voz é idêntica ao do Soldado. Há enorme semelhança entre esses dois, pois o Soldado também é reluzente como ele.
O Poeta é um homem ruivo de olhos castanhos claro, ele é reluzente, tão reluzente que não sabemos identificar o que é a luz do sol e a sua além de ele ter uma beleza incomparável a todos os reinos, ele é o ser mais lindo que eu já vi com as feições mais doces, delicadas e serenas, não tem um detalhe seu que não seja perfeito e quando eu digo perfeito é perfeito, porque não há imperfeições nele. O Poeta usa uma coroa de flores brancas na cabeça, ele anda descalço, sua camisa é branca e sua calça é verde abacate.
Fascinada eu o encaro, tento parar de olhar mas não consigo e isso para ele não parece ser um problema porque ele nos encara com o mesmo olhar– vejo que vocês estão muito cansados, passaram por muita coisa. Venham, vamos entrar, eu preparei comida para vocês
– você sabia que viriamos? –perguntou Aksel
– eu sempre espero viajantes, qualquer um que tenha iniciado uma caminhada é inevitável não virem meu caminho de flores e passarem por aqui, embora muitos rejeitem meus cuidados e meus conselhos, até mesmo evitam vir até mim –os olhos dele encontram Aki, o Poeta abre novamente um largo sorriso– Aki! Feliz em rever você de novo, mesmo nunca tenho lhe deixado
– feliz em ver você também, Poeta. Mal podia esperar para apresentar meus aprendizes a você
– ficarei feliz em conhecer cada um deles. Aki era jm viajante como vocês e hoje firmamos uma amizade inseparável. Espero firmar uma amizade com vocês também. Por favor, venham comigo, não podem ficar do lado de fora o tempo todo
O acompanhamos até sua casa, ao entramos, vimos que o interior de sua residência é aconchegante e rústica. Claro, há jarros de flores decorando o lugar, a casa tem um aroma agradável junto com o ambiente, as paredes são pintadas de branco, há um tapete de pele de urso no chão, no outro pequeno cômodo que é a cozinha estava com um cheiro de assado muito convidativo
A pequena mesa central é de madeira polida, há um relógio na parede que faz tictac em sum som suave, o ambiente da casa nos faz nunca querer sair dela de tão confortável e bom que é
– por favor, fiquem a vontade, eu vou até a cozinha ver o cervo
Ficamos apenas parados na sala esperando o Poeta voltar, eu não sei explicar como, mas notei que meu coração antes aflito se fez tranquilo, e eu não sou a única, Urick comentou sobre isso e Aksel e Akira também concordaram.
Aki sorriu, e disse que é a sua própria presença que acalma nossas aflições, pois aqui é um lugar de cura e descanso.– o cozido está pronto –diz o Poeta aparecendo na porta da cozinha– por favor, venham comer, sei que tiveram uma tarde e uma noite difícil
Nos dirigimos até sua cozinha deixando-o muito feliz pois nasceu um sorriso largo em seu rosto. A parede de sua cozinha também é verde abacate assim como sua calça, há um jarro de girassol no centro da mesa e dois pequenos jarros de margaridas em cima do armário baixo e outro perto da pia. A luz solar que invade sua janela deixa tudo mais lindo, os pássaros cantavam do lado de fora e uma pequena borboleta amarela entra pela janela pousando na margarida próximo a pia
O Poeta põe a bandeja na mesa e nela estava o cervo já cortado em pedaços para nós, ele também pôs grãos em vasilhas de cerâmicas para nos servirmos à vontade, os pratos estavam alinhados nos lugares e tinha a conta exata de pessoas assim também como os talheres de prata. Na frente dos pratos há xícaras e não demora muito para que ele ponha água quente saída direto do fogo dentro delas, ele disse que é chá e todos que passam por sua casa gostam muito dele
– por favor, sentem-se –disse ele
Puxamos as cadeiras nos sentando a mesa, nós nos servimos conforme nossa fome e confesso que tudo posto na mesa está chamativo demais. Urick encheu seu prato, ele realmente está faminto aparentemente
– você realmente está com fome, Urick
Todos paramos e nos entre olhamos confusos pois em momento algum dissemos nossos nomes a ele
– como sabe meu nome? –perguntou Urick confuso
– eu sei de tudo. Também sei os nomes de vocês –diz apontando para nós– você é Catherine, Aksel e Akira. O valente Akira –diz com satisfação
– isso é incrível –disse Akira admirado– como você se chama?
– Poeta
– você não tem nome? Apenas se chama Poeta?
– exatamente. Está boa a comida?
– sim –respondeu Urick com as bochechas cheias e isso tirou uma risada do Poeta
– seu jardim é realmente lindo, você cuida muito bem de suas flores –digo a ele
– minhas preferidas são os lírios do campo. Já viu como eles reluzem ao raiar do sol? Simplesmente magnífico
– estamos em uma missão, resgatar exilados das cidades perdidas. O Soldado nos disse que sem você não poderíamos continuar essa viagem pois não conseguiremos –prosseguiu Urick
– está certo, eu sou a peça mais essencial da viagem de vocês e, se não me rejeitarem, até depois que concluírem a missão, eu estarei com vocês, pois nossa amizade será para sempre assim como sou com Aki
– bem, estou disposto a tentar. Espero que meus amigos também estejam –disse Aki
Todos nós concordamos e isso deixou o Poeta muito feliz pois mais uma vez nasce em seu rosto delicado um sorriso de orelha a orelha.
Pego a xícara para provar o chá noto que há duas pequenas flores violetas boiando no líquido. Dou um sorriso de canto e provo o mesmo ficando fascinada com a explosão de sabores que se fez na minha língua
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O Homem que fala através do vento
FantasyCatherine, criada em uma humilde cidade na simplicidade de seus pais nunca deu um passo para fora de sua cidade. Por mais curiosa que seja, nunca teve a oportunidade de ir, pois apenas pessoas convocadas participam de missões além da cerca é ninguém...