Silvernist

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A minha direita enquanto caía a água da cachoeira, debaixo dela entre as grandes rochas, havia um crânio enorme, tão grande quanto as rochas, oque me leva a pensar que estamos próximos a terra de gigantes ou já entramos nela. Por algum motivo o pavor tomou conta de mim , meu coração parecia que estava prestes a parar a cada batida e minha respiração ficou desregulada só de pensar nos gigantes que habitavam aqui

– calma, é apenas um crânio, não significa que ainda há gigantes aqui –disse Aki tentando me tranquilizar ao me ver assustada

– o que eram essas coisas?

– gigantes. A muito tempo atrás, nasceram homens de altura surreal de uma raça que hoje está extinta pelo que que saiba. Eles eram os gigantes. No início, eles contribuíam para o Ben dos seres humanos, ajudando povos e raças diferentes, inferior inferior altura. Exércitos inimigos tinham pavor deles e não procuravam arrumar confusão com ninguém. Porém, o poder foi subindo às suas cabeças e eles começaram a achar que deveriam ser servidos e acabaram com a lei que dizia ''de igual para igual". A maldade também se apoderou deles, eles devoraram os seres humanos por diversão ou porque eram desobedientes às suas ordens, um campo de sangue e de maldade nasceu, e os gigantes não pretendiam parar com a maldade que cometiam. Até que o Rei decidiu exterminar todos eles, ele mesmo desceu às terras onde os gigantes dominavam e os exterminou a fio de espada. Por isso, algumas vezes em nossas viagens veremos esqueletos de tamanho surreal espalhados pelas terras

– que horrível! Eles nem se quer eram humanos, se tornaram monstros

– é isso que o poder faz com algumas pessoas. Por isso eu digo, quer conhecer alguém de verdade, dê poder a ela

E a canoa continuou seguindo seu curso até que saí da área das cachoeiras entrando em um local totalmente aberto onde a luz do sol me pegou totalmente desprevenida, pude ver com clareza que eu navegava em cima de águas cristalinas, tão cristinas, que via os peixes nadando debaixo da canoa. Eram cores diversificadas, roxo, azul, até mesmo branco, fiquei encantada ao vê-los nadar, até que meus olhos captam algo totalmente diferente

O esqueleto de um animal completamente desconhecido. Vi apenas a cabeça e metade de seu corpo, o resto eu não consegui ver direito e não pude imensurar com clareza, mas parecia ser uma espécie de dragão com enormes mandíbulas, também vi parte de seus ossos onde ao que parecia ser sua costela, os peixes nadavam entre elas. Volto a olhar para frente não querendo descobrir que espécie é essa ou o por quê está aqui, quero apenas chegar a superfície novamente, até porque, minhas pernas estão com cãibra

A canoa em seguida faz uma curva perfeita e me leva mais uma vez a um túnel feito por árvores curvadas onde havia pouca luz solar e era totalmente silencioso.
Ela sozinha para na margem e, sem pensar duas vezes saio da canoa.

O problema não é a canoa e nem mesmo o túnel, e sim as lembranças de caecus na cidade perdida.

– Catherine, está tudo bem? –perguntou Aksel

– sim... Apenas lembranças ruins

– você está segura aqui, não há com o quê se preocupar 

Segui a trilha que me levava para o mais longe possível do rio, seguimos por uma trilha íngreme cuja direção achei que estivesse errada, mas Aki diz que o caminho está correto. Aoi disse que as flores que precisamos encontrar são azuis e violetas, na verdade, são muitas flores, mas o caminho é feito de flores brancas.
Urick estava ficando irritado com uma coceira que atacou seu pescoço, ele coçou tanto que chegou a machucar, fazendo a pele sair em suas unhas, deixando um arranhão no lugar juntamente com o uma linha vermelha de seu próprio sangue. Não entendia o por que ele estava assim mas ele dizia que logo ia passar, talvez um mosquito o tenha picado

O Homem que fala através do vento Onde histórias criam vida. Descubra agora