Vila das flores

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Urick narrando

Cansado, fraco, não tenho forças para chorar e muito menos para continuar.

– você vai morrer aqui, Urick, você nunca sairá desta tormenta

– vá embora! –grito para eu mesmo parado à minha frente

– ele não vem te buscar, não vem te resgatar, quem ia defender um assassino como você? Aceite o seu destino

Sua mão então segura meu pescoço, ele me sufoca, em seus olhos vejo o mau transbordar, por mais que o fato de estarem totalmente pretos já indique sinal de alta magia sombria.
Eu não estou pronto para morrer, ainda não, eu quero viver, eu quero muito viver!
Meu corpo não está mais reagindo, minhas pernas que antes se debatiam, não se movem mais com tanta força, a morte se aproxima de mim, sinto seu cheiro e sua presença.

Não, eu não posso acabar assim

– Sol-dado... me.. ajude – com as poucas forças que me restam chamo pelo seu nome

Então, sinto meu corpo ir ao chão e o meu eu maligno havia desaparecido.
O Soldado estende a mão para mim, ao ver que seus olhos são chamas de fogo, hesito em aceitar

– não tenha medo

Aceito sua ajuda e ele me levantou do chão, o abraço não contendo minhas emoções, ele acalma minha alma apenas ao me abraçar de volta e tudo oque estava conturbado se acalma e a paz invade o meu ser

– vamos –ele me vira de frente para a trilha me fazendo enxergar uma abertura entre as árvores e um lindo campo verde onde a luz abundante do dia ilumina– a saída é ali

Akira narrando

Assombrado pelo passado, estou encolhido no chão tremendo de medo. Ouço a voz do meu tio em todos os cantos da mata e o som do seu chicote estalando também.
Um vento repentino percorre violentamente pela mata me pegando de surpresa, e fazendo-me sentir conforto e paz

– acabou! –soou a voz do Soldado por toda a mata trazendo silêncio instantâneo

O Soldado vem até mim com os olhos em chamas de fogo demonstrando estar furioso, ele estende a mão para me ajudar a levantar, mas assim que a seguro e ele me puxa, o tomo em um abraço apertado caindo completamente em lágrimas

– obrigado, Soldado

– ah, minha criança, você é apenas um garoto. Está tudo bem agora, eu cheguei –o mesmo se separa de mim me virando de frente para a trilha me dsndo a visão dentre as árvores de um campo iluminado pela luz do sol– ali está a saída. Vamos

Aki narrando

Eu vejo... vejo a saída do vale! Porém, repentinamente, meu outro eu do passado aparece e sua mão há uma bola  de magia da cor preta. Esta magia é para me paralisar, se ele.me acertar, talvez eu nunca mais saia daqui.
Ele jogou, a magia veio em uma velocidade surreal. Porém, ela para diante do meu rosto e se desmancha como água.

– chega! –bradou o Soldado e em seguida o local é invadido por um forte vento

Meu eu maligno desapareceu, tudo se calou e a dor em meu peito causada pela luta que eu travava contra ei mesmo se foi.
Não contenho a emoção e abraço de Soldado, o mesmo me envolve em um abraço caloroso curando tudo oque ainda ficou dentro de mim, eu sinto isso

O Homem que fala através do vento Onde histórias criam vida. Descubra agora