_ Vai me dar seu número de celular?
_ Não sei…
_ Não quer que eu ligue para você?
_ Não sei…
_ Não quer me ver de novo?
_ Não sei…
_ E quem sabe? _ Magnus bufou, encarando Alec com cara emburrada. Ainda estavam na cama. O capataz recostado nos travesseiros, tórax nu exposto para o outro, que já havia se aproveitado bastante dele.
Magnus estava sentado de pernas cruzadas, de frente para ele. Ambos tinham as cobertas os protegendo da nudez total. Não era como se tivessem vergonha dos seus corpos. Estavam muito bem com eles. Era apenas instinto.
Alec baixou os braços, até ali cruzados atrás da cabeça, brincou com os dedos, sem o encarar.
_ Desculpe… eu…
_ Acha que vai ficar esperando e eu não vou dar notícias. Está com receio de criar expectativas e eu sumir _ Magnus definiu, vendo o outro apenas assentir, olhando para as próprias mãos.
O mais velho voou em seu colo, o abraçando. _ Não existe essa possibilidade... eu juro! _ falou em seu ouvido. _ Eu gosto de você…
Afastou-se, para fitá-lo, e ergueu seu queixo com a ponta dos dedos. Os olhos de Alec eram tristes e até assustados. _ Não pense que eu vou para cama com todos os forasteiros que surgem por aqui. Nunca tinha acontecido... Eu nem sei o que deu na minha cabeça… Mas, você… você me pegou… _ ele apertou os lábios. _ Eu não sinto isso há mais tempo do que você pode imaginar. Não quero me machucar…
Magnus acariciou seu maxilar e o beijou castamente. _ Entendo seu receio… Mas, vou provar que não quero machucá-lo…
Alec sorriu, mas não chegou aos olhos.
O mais velho não gostou de vê-lo inseguro e amedrontado, mas tentava entender o seu lado. Montando no seu colo, ele o beijou com desejo.
_ Acha que dá tempo… antes de ter de se apresentar para o trabalho? _ provocou, em seu ouvido, acendendo o rapaz. Alec o apertou para si.
_ Talvez eu me atrase um pouco hoje..._ respondeu, o jogando na cama e ficando sobre ele.
***
Valentim rosnou, olhando mais uma vez para o seu relógio de ouro. Sebastian revirou os olhos e andou até ele.
_ Desde quando temos de esperar Alec para liberar os cavalos para montaria? _ o rapaz questionou, sabendo que não passava de mais uma implicância do pai.
_ Ele é o capataz e deve designar os animais mais mansos para quem tem menos experiência em montaria _ bufou. _ Mas, é um irresponsável e não chegou para o trabalho. Imagine se morasse longe…
_ Ele deve estar enrolado com alguma coisa no Haras. E nós já sabemos quais animais montar, ele deixou tudo escolhido no primeiro dia, antes mesmo de chegarmos. O cavalariço nos informou _ Sebastian o defendeu.
_ Não sei porque ainda o mantenho aqui _ o homem estava irado.
_ Talvez porque ele se recuse a vender o Haras e consegue lucros com a fazenda, mesmo sem o senhor investir nada _ o filho respondeu. _ Por que não a vende logo para ele? Sabe que seria melhor…
_ Por que o está defendendo? Você sabe o que ele fez.
_ Fez meu irmão feliz… _ Sebastian atacou.
Antes que Valentim pudesse revidar, Alec surgiu correndo, as bochechas afogueadas e os cabelos bagunçados.
_ Desculpem o atraso, eu estava com problemas no Haras _ desculpou-se, colocando o chapéu na cabeça, e Sebastian fez uma careta para o pai.
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Fim de semana na fazenda
RomanceMagnus detestava campo e ar puro. Passar o fim de semana na fazenda do amigo havia sido uma ideia louca e ele pensou em ir embora, assim que colocou os pés lá. Mas isso foi antes de conhecer o homem mais lindo do mundo, que por acaso era o capataz d...