Fim de semana na fazenda

36 - Quero dançar com você...

Aplausos… 

Alec beijava Magnus como se daquilo dependesse a sua vida. E dependia. Apesar de todo o álcool em seu sistema, o mantendo focado e longe de todo o seu passado, a ansiedade ainda estava lá, até finalmente ver Magnus. Era o seu oásis no meio do deserto. E ele estava sedento… Beijar Magnus era como voltar a respirar, depois de quase se afogar. Como andar de bicicleta sem rodinhas. Como comer doce, depois de meses de dieta rígida. Era sempre o certo a fazer...

Magnus sugava a língua de Alec com avidez, se embriagando em seu sabor de tequila e limão. Era maravilhoso sentir aqueles braços grandes e fortes ao seu redor, puxar os cabelos da sua nuca, o ouvir gemer baixinho na sua boca, excitado. Tudo o que queria era libertar seu desejo e tomar o namorado ali mesmo. Se sentia inebriado, hipnotizado, enlevado, como se ter Alec ali fosse tudo o que mais precisasse na vida. E era…

Aplausos…

Os lábios foram se afastando devagar, mas Alec ainda avançava e dava leves mordidas nos de Magnus, não querendo deixá-lo. Foi somente então que pareceu que chegava em terra firme, novamente, e Magnus pode ouvir os aplausos. Olhou desconfiado ao redor, ainda agarrado ao namorado, o nariz de Alec roçando em seu rosto. Todos os presentes, tanto da área vip, quanto as pessoas lá embaixo, na pista de dança, aplaudiam a "performance"do casal. A música ainda tocava, mas agora era uma batida sensual, que combinava com o momento, como um clipe romântico. Todos estavam parados os olhando e, por um instante, Magnus preocupou-se com Alec, suas inseguranças e medos, mas logo acalmou-se quando ouviu a risada e viu seus dentes expostos.

_ Estão nos aplaudindo? _ seu olhar era curioso e infantil. _ Só por que nos beijamos? _ ele perguntou baixinho. 

_ Acho que todos queriam conhecer o meu namorado, o homem misterioso que tomou o meu coração errante _ Magnus brincou, rindo e o beijando castamente.

Alec o desceu do seu corpo, mas o manteve preso a si, em um abraço de urso. Os dois olharam ao redor, os aplausos cessando, e sorriram. 

_ O que falava sobre de mim? _ Alec indagou a Imasu, de repente, erguendo o queixo e franzindo o cenho. _ Posso saber por que estava afrontando o 'meu' namorado? _ enfatizou.

Imasu alinhou a coluna e engoliu em seco, como se precisasse de tempo e coragem para começar a falar. O homem na sua frente era alto, forte e tão bonito que o deixou meio tonto. Parecia ter saído de uma daquelas revistas de modelos, pelos quais ele babava. E, que pegada!

_ Eu... desculpe...Eu só pensei que Magnus não estivesse falando a verdade. Você nunca aparecia e…

Alec o cortou. _ Não ouse chamar Magnus de mentiroso. Você não sabe nada sobre nós _ rosnou, abraçando mais o namorado, protetoramente. Magnus riu quando viu a cara de Imasu. 

_ Acho que devia ir embora _ o mais velho falou, aconchegado ao namorado.

O outro apertou os lábios. _ Acho que eu vou embora mesmo _ concordou, se sentindo mal com a situação e o olhar lindo, mas cortante de Alec sobre si. 

_ Tenho certeza que nem devia ter vindo..._ Alec franziu o nariz, fazendo a carinha de nojo,  que Magnus adorava. Imasu pareceu realmente envergonhado, e saiu dali sob olhares curiosos.

_ Amor, já pode me soltar _ Magnus pediu baixinho, sorrindo. _ Está me sufocando…

_ Desculpe… _ Alec o liberou do superabraço. _ Eu me empolgo, às vezes _ soltou uma risadinha.

_ Sim, queridos, eu tenho um namorado de verdade. Vocês também achavam que eu estava mentindo? _ Magnus aumentou seu tom de voz, olhando ao redor, sem parecer aborrecido. Na verdade, seu tom foi divertido, e muitos sorriram desconsertados, pois talvez estivessem mesmo duvidando, como Imasu.