45 - Irmãos

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Alec tinha a cabeça no colo da mãe e os pés, calçados em meias brancas, no colo do pai, no sofá da sala. A conversa era divertida, Isabelle contava algumas histórias da viagem que fez para a fazenda, Magnus também ria, sentado ao lado de Maryse, segurando a mão do noivo, cujo braço passava sobre o colo da mãe para poder tocá-lo. 

O mais velho contava sobre seu primeiro encontro com Alec, como cavalgava sem destino, já que ele sequer segurava as rédeas, soltas no pescoço do animal. 

Todos riam animados com tudo, quando Maryse percebeu que Alec dormia, com os carinhos dela em seus cabelos. Sorriu terna, lembrando que isso era muito comum na infância e adolescência do filho, sempre manhoso e alegre. 

Magnus também sorriu carinhoso. _ Ele mal dormiu esta noite, preocupado com este encontro. Tinha medo de vocês não o aceitarem de volta, que não acreditassem nele _ falou baixinho. _ Mas eu sabia que nada disso fazia sentido, era apenas a insegurança tentando dominá-lo. 

_ Nós jamais o rejeitaríamos. Alexander é o nosso filho e sempre será o nosso bebê _ Maryse declarou, também em tom baixo. _ Meu bebê sofreu tanto… _ suspirou.

_ E cresceu tanto… _ Robert sorriu. _ Em outros tempos, agora eu o carregaria para o quarto. Mas, olhe o tamanho desse garoto...e como está musculoso. O tempo passou e não vimos. 

_ Alexander sente muita falta de vocês. Gostaríamos que ficassem mais tempo aqui _ Magnus sugeriu.

_ Pretendíamos ficar até o casamento de vocês, mas depois de tudo que Alec nos contou..._ o pai começou. _ Acho que vamos conversar e quem sabe ficar um pouco mais. Acho que ele precisa de nosso apoio, ainda que tardio. 

_ Nunca é tardio. O apoio de vocês é indispensável em qualquer tempo. Mas, e o Jace? Alec falou tanto dele. 

Isabelle abaixou os olhos. _ Jace está zangado. Ele é temperamental e irritante, às vezes. Como eu não podia contar nada, porque prometi a Alec, fiquei impedida de dar uma sacudida naquele moleque. Tenho certeza que se soubesse a verdade, não guardaria mágoa. Ele tem um grande coração e ama muito Alec, mas está zangado com ele. 

_ Eu vou conversar com ele quando chegarmos ao apartamento da Isabelle _ Robert avisou. _ Tudo vai se resolver e seremos uma grande família.

_ Quem? O quê? Grande família, onde? _ Alec abriu os olhos, ainda atordoado. _ Mãe, você me pôs para dormir _ sorriu, preguiçoso. _ Nossa! Isso foi muito eu garoto…

_ Mas seu pai desistiu da ideia de carregá-lo para a cama _ Magnus riu e todos gargalharam. 

_ Do que estavam falando? _ Alec perguntou.

_ Que agora vamos formar uma grande família. Você casado com o Magnus e Isabelle morando com Simon, Jace e a namorada, Clary, deixam a nossa família grande, como ela deve ser.

_ Vamos ter bebês _ Alec abriu um sorriso largo._ Magnus quer também. Vamos adotar e nossa família será maior ainda. Estou tão feliz com a minha nova vida. 

_ Também estamos felizes com a sua nova vida, meu filho _ o pai falou. Alec se manteve no colo da mãe até os pais avisarem que já era tarde e teriam de ir embora. Sabiam que ele estava cansado, mas foi difícil convencê-lo de que agora estariam em contato diário e nada os separaria, por isso podiam ir embora naquele dia, sem medo. 

Alec suspirou e recostou-se na porta quando ela foi fechada e apenas Magnus estava parado à sua frente, com um sorriso doce.

_ Foi bom, não foi? Ter seus pais bem agarradinhos a você. Saber que eles não vão deixá-lo nunca mais. Ter sua família de volta…

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora