39 - Siga sua vida

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Catarina entrou de uma vez no quarto e já ia falar, mas perdeu a voz e seus olhos cresceram. Magnus dormia como um anjo, de bruços, sobre um homem grande, forte e igualmente sem roupas, como ele, sua nudez encoberta pelo corpo do mais velho. As pernas de Magnus estavam entrelaçadas nas dele e o rapaz o abraçava protetoramente.

Pessoalmente, o rapaz era muito mais bonito, e muito maior. Suas pernas eram longas e fortes, a parte do tórax que ela podia ver deixava claro que era trincado e o peito, másculo, era coberto de pêlos negros. O rosto era perfeito, com a pele levemente rosada, lábios carnudos e avermelhados, barba escura marcando o maxilar, nariz afilado e sobrancelhas negras e grossas. Os cílios pareciam longos e os cabelos, negros e bagunçados, caiam um pouco na testa. Era um belo exemplar de homem, sob as mãos de Bane. Não era a toa que o amigo vivia enlouquecido para estar com ele. 

_ Uau.. trabalhar na fazenda faz bem a saúde..._ sussurrou. 

Magnus abriu os olhos imediatamente, acordando de seu sono leve, e movendo-se devagar sobre o namorado, que apenas o apertou mais para si.

Ele olhou para Catarina e sorriu da sua cara de embasbacamento. Ia afastar-se, mas logo percebeu que era seu corpo que protegia a nudez de Alec, então fez um sinal com os dedos para que ela se virasse. Não exporia a intimidade do rapaz, sem autorização. 

Catarina revirou os olhos, mas se virou, e Magnus pode sair devagar e com certa dificuldade dos braços de Alec, que resmungou baixinho, mas aquietou-se quando o fez abraçar seu travesseiro, virando de bruços, deixando ver suas nádegas redondas e durinhas. A amiga espiou e abriu a boca em um ó, mas Magnus a olhou feio e apontou que virasse, novamente. 

Ele cobriu o namorado com o lençol e levantou-se, vestindo uma boxer e um robe de seda azul marinho, com pequenas flores vermelhas, a arrastando para fora do quarto.

_ Você não me disse que o deus grego estava na sua cama! Meu Deus, ele é mil vezes melhor, pessoalmente _ ela soltou, assim que a porta se fechou. 

Magnus sorriu, convencido. _ Perceba apenas que eu sei escolher bem os homens com quem me relaciono e, como Alexander fecha este ciclo, tinha de ser o melhor. Você não tem ideia do tamanho do fogo dessa criatura _ cantarolou, revirando os olhos em deleite.

_ Você fez de mal _ ela bateu no peito dele. _ Queria que eu descobrisse que o homem mais lindo do mundo estava em Nova York, assim, entrando no seu quarto _ bufou, cruzando os braços na frente do corpo, e ele deu uma risadinha afetada.

_ Não mentiu… _ assumiu, maroto.

_ Mas, não me deixou ver os "atributos" do gigante... Se bem que a bunda é muito perfeita..._ ela comentou, pensativa e Magnus deu um tapinha em sua testa.

_ Nunca, eu disse NUNCA, deixe-o saber que viu sua bundinha perfeita, enquanto dormia. Alexander pode ser tímido.

_ Está bem. Mas, qual a graça de ver se não se pode comentar?_ ela ergueu as mãos em rendição. _ Agora, me conte tudo… Como ele veio parar aqui? Você disse que poderia demorar e tal _ ela o puxou para a sala, o empurrando no sofá. 

Magnus contou rapidamente um pouco do que havia sido a noite anterior, arrancando várias exclamações chocadas de Catarina.

_ Magnus, esse homem é um vulcão em erupção… _ ela tinha os olhos arregalados. _ Acho que estou molhada...

_ Alexander é um achado e eu não vou deixá-lo escapar. Catarina, eu quero me casar com ele! _ foi sincero.

_ Casar? Não acha precipitado? Pelo que sabemos, o primeiro casamento dele foi desastroso. Acho que, se deixou traumas, talvez ele não queira casar novamente.

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora