25 - Girando e rodando

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_ Eu posso dirigir _ Isabelle bufou, mas Magnus manteve-se impassível. 

_ Não me trate como uma caquético inútil. Eu sei dirigir esse tipo de veículo… vintage _ deu de ombros, na frente do volante da caminhonete.

Alec surgiu na janela, com um sorriso que não chegava aos olhos. _ Tem certeza que não querem ir no carro da Izzy?

_ Vamos trazer móveis, precisamos de um carro maior. Da outra vez tive de esperar a loja liberar um caminhão. Não sou um homem tão paciente nas minhas decorações. Tenho pressa! _ Magnus frisou. 

_ Tudo bem _ Alec aceitou, passivo. Se sentia mal por não poder levá-los à cidade, mas não falaria sobre isso novamente. Não, naquele momento. Colocou o cinto de segurança, que Magnus havia esquecido, o encarando com olhar de repreensão, depois avançou e beijou a bochecha do namorado. 

Magnus virou o rosto e o puxou de volta, beijando sua boca. _ Não vamos demorar _ avisou, baixinho, acariciando a barba por fazer. Adorava o arranhar dela em sua pele. Alec assentiu, jogou um beijo para a irmã, se afastando do carro, que partiu lentamente.

Izzy acomodou-se melhor ao seu lado, com um meio-sorriso cínico. _ Sexo oral na cozinha? Vocês não conseguem ficar juntos sem pensar em sexo, eu entendo. Queria ter flagrado vocês _ ela apertou os olhos, matreira. _ Ia ser o auge! _ riu alto, fazendo Magnus rir junto.

_ Você é maluca, Isabelle Lightwood… _ ele ria divertido, ligando o som do carro. Era uma caminhonete não tão nova, devia ter uns sete a oito anos, talvez. Não era automática, como estava acostumado, mas com a direção manual. _ Tenho certeza que esse carro era do demônio _ fez uma careta, passando a marcha com a ponta dos dedos, o que levou Isabelle a uma gargalhada.

_ Devia ser mesmo _ ela riu. _ Parece novo. Philippe tinha mania de limpeza e organização. Alec não ligava para nada disso. Mas, conte-me mais sobre o meu irmão tirando sua sanidade na cozinha _ provocou.

Magnus riu, olhando para a estrada. _ Alexander é tão envolvente. Em um minuto estávamos tendo uma conversa séria e no outro… você sabe, ele já havia me seduzido. Eu sou muito rendido a esse homem… _ suspirou. _ Nós praticamente não dormimos, desde que eu cheguei. É muita saudade para matar _ ele ria junto com a cunhada.

_ Já fiz uma maratona com Simon e o deixei esgotado _ ela ria, se lembrando. _ Foi logo no começo, quando estávamos ficando. Só para ele saber com quem estava lidando…

_ Era um teste?

_ Sim, um teste.

_ E o que ele fez, quando se recuperou?

_ Me pediu em namoro _ ela continuou rindo. _ Disse que não me perderia por nada nesse mundo. Namoramos há quatro anos. 

_ Garoto esperto… _ Magnus avaliou. O caminho até a cidade era tranquilo, a estrada boa e em menos de 40 minutos estariam lá. _ Me lembre de fazer algumas compras no supermercado. Vou fugir com o seu irmão esta tarde e talvez só voltemos amanhã. Temos um recanto especial, só nosso. Quero levar uma cesta com guloseimas. Preciso de chocolate derretido…

_ Chocolate derretido? Alec tinha umas fantasias com chocolate, quando éramos adolescentes… _ ela começou a rir, mas parou, de repente, abrindo mais os olhos. _ Meu Deus! Ele colocou em prática! Magnus… _ ela cobriu a boca com as mãos.

_ Vocês conversam mesmo sobre tudo. Admiro! _ ele riu, divertido. 

_ Conversávamos… Estamos voltando… O Alec, meu irmão, cheio de planos e ideias mirabolantes, está voltando para mim e eu não vou perdê-lo de novo. Eu não devia ter deixado ele ir, se trancar dentro daquele relacionamento doentio. Era minha obrigação lutar por ele, mas eu não fiz. Eu aceitei, quando brigamos e ele me excluiu. Apenas me enchi de orgulho e o abandonei. 

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora