35 - Cadê o seu namorado?

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Foram duas horas de reunião com os funcionários da Maximus, para deixar claro que o uso de entorpecentes dentro da boate não seria tolerado. A ordem era recolher os usuários ou traficantes identificados, à sala de segurança, e chamar a polícia. 

_ Não vou comprometer a minha reputação por causa de alguns irresponsáveis _ Magnus bufou, frisando que funcionários usando ou vendendo drogas também iriam às barras da lei. 

Na semana que havia passado, uma pessoa foi identificada vendendo ecstasy no local e Magnus não queria sua casa de shows no noticiário, por overdose.

Sentindo-se irritado pela conversa um pouco áspera, ele circulou na boate, assim que as portas foram abertas ao público, e se encheu de jovens, rapidamente. Era bom saber que suas boates eram referência para a juventude, por isso queria garantir a segurança deles.

Satisfeito, deixou o local em direção a sua preferida e principal, a Pandemonium, a maior e mais famosa boate de Nova York. 

Nem bem tinha aberto e já estava lotada, também. A música alta e as luzes coloridas eram alucinantes e Magnus sorriu ao lembrar das luzinhas coloridas que Alec instalou no lugar paradisíaco deles, só para agradá-lo. Não adiantava, parecia que tudo o que via o fazia lembrar de Alec. 

_ Posso saber por que está sorrindo sozinho, olhando para as luzes? _ Camille parou ao seu lado. 

Magnus quis bufar, mas evitou ser rude. _ Estou pensando uma coisa… _ optou por ser evasivo.

_ Você só pensa nesse cara, agora? _ ela revirou os olhos e ele a encarou, franzindo o cenho. 

_ Você tem noção do que está falando? É do meu namorado, o cara que eu amo, que você está tentando desmerecer. Não tem medo do perigo, não? 

Camille deu uma risada cínica. _ Magnus, eu conheço você há mais tempo do que esse cara e sei que enjoa fácil das companhias. Agora, parece apaixonado, o que eu nunca tinha visto, mas também não acredito plenamente. Porém, sei que logo vai se cansar dele. 

Foi a vez de Magnus rir, mas não havia alegria. _ Você acha que me conhece, mas não sabe nada sobre mim. E, quanto a Alexander, não tenho de dar satisfações a você e a ninguém. Ah...e espero que encontre logo um lugar para morar, porque não poderei ficar com você muito mais tempo. 

_ Está me expulsando? _ o tom foi de vítima.

_ Não, apenas lembrando que fiz um favor e você está abusando dele. Se bem que eu podia tê-la expulsado diante das palhaçadas que já tentou fazer. 

_ Você só sabe ser grosso comigo… _ Camille mantinha-se como vítima.

_ Você que não entendeu onde está tentando se meter _ ele respondeu e resolveu se afastar. A paciência não era um dom em uso naquela noite, sem seu amor. 

Em seu camarote, Magnus tomou uma dose dupla de whisky. Tentou ligar para Alec, mas a ligação não foi atendida, o que era raro, então imaginou que o outro estava no banho. Foi pior. Debruçou-se na mureta de vidro, olhando a multidão que dançava freneticamente, e imaginou a água deslizando pelo corpo nu do namorado. Sentiu uma fisgada em seu membro, com o pensamento, e sorriu ao refletir que poderia ficar duro facilmente com aquelas memórias.

***

_ Devia ter atendido _ Izzy revirou os olhos e Alec puxou o canto da boca, quando saiu do provador da loja, roendo as unhas. _ Pare de roer unhas _ brigou.

_ Eu estou nervoso, me deixe _ ele bufou. _ Se eu atendesse, acabaria toda a surpresa. Eu começaria a chorar e pediria para ele vir me buscar _ falou de forma quase infantil e a irmã quis rir, porque o Alec que ela conhecia era dramático e manhoso daquele jeito. Os ares de Nova York o estavam despertando para sempre?

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora