12 - Fazendo dar certo

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A partida, depois daquele primeiro fim de semana prolongado de intensa paixão, foi mais dolorida. Magnus não queria ir e Alec não queria que ele fosse. Não dormiram. Foi uma noite e madrugada quente e divertida. Os dois descobriram que juntos conseguiam transformar o sexo em algo, além de prazeroso, alegre, criativo e saboroso. Se entenderam muito bem, como se já estivessem juntos há muito tempo. 

_ Você vai voltar. Não vai? _ Alec perguntou, quando ainda estavam na cama, cerca de duas horas antes da partida. Até ali, não tinham conversado a respeito. Fingiam que não teriam de se afastar, embora fosse inevitável. 

_ Claro que voltarei! _ Magnus sorriu largo, acariciando sua barba._ Como eu vou aguentar ficar longe de você estes dias, eu ainda não sei. Mas, assim que puder, virei correndo para os seus braços. Vai me esperar? _ provocou.

Alec abriu os braços. _ De braços abertos… _ respondeu, o recebendo manhoso. Magnus se aconchegou a ele.

_ Estou viciado em você… _ o mais velho suspirou, aninhado ao seu peito. _ Nunca imaginei que fosse me apaixonar, mas você me conquistou. Não quero ir… Se eu pudesse, largaria tudo e ficaria aqui com você para sempre. 

_ Largue tudo e fique comigo para sempre… _ Alec pediu, sorrindo. 

_ Tenho quase uma centena de pessoas que dependem dos empreendimentos que comando… Não posso ser tão egoísta… _ Magnus respondeu, desolado. _ Se não fosse por isso, acho que eu ficaria mesmo _ admitiu.

Alec acariciava suas costas nuas. _ Acha que conseguiria se adaptar à vida no campo? _ ele riu. 

_ Qualquer coisa para ficar com você… _ respondeu. _ E não deve ser tão difícil. Você se adaptou…

_ Não foi tão fácil no começo, eu não sabia nada do campo. Na verdade, sempre fui muito urbano e nem me interessava por isso…

_ Então Philippe apareceu na sua vida e tudo mudou..._ Magnus revirou os olhos, porque sabia que Alec não podia ver, mas ouviu sua risadinha.

_ Sim… um dia eu conto para você quantas vezes por dia eu chorava, escondido,  quando viemos morar aqui _ Alec ria.

_ Ele não percebia? Não sabia que não era o que você queria?

_ Tínhamos combinado, durante a faculdade, não foi algo repentino. Vínhamos muito durante os estudos, treinávamos nos animais da fazenda e, já estava tudo planejado, Phill já tinha a ideia do Haras. Ele era apaixonado por cavalos, desde criança. Eu tinha pavor… _ ele riu. 

_ Não entendo porque aceitou tudo isso tão pacificamente… _ Magnus o encarou, curioso. 

_ Quem sabe um dia eu conte a você um pouco sobre isso… Mas não agora. Acho que temos coisas muito melhores e mais gostosas para fazer _ encerrou o assunto, roçando o nariz no dele, e o beijando, em seguida.

De manhã, quando Magnus já estava encostado no carro, Alec estava nervoso, as mãos cruzadas atrás do corpo. _ Ligue quando chegar e tenha muito cuidado na estrada. Vou esperar a sua volta _ falou, olhando para os próprias botas, que desenhavam rabiscos no chão batido. 

_ Não precisa se preocupar _ ele se desencostou e o abraçou. _ Você ainda não ligou para sua irmã… Diga a ela que seu nome estará na lista e quem ela quiser levar também será liberado. Quero conhecê-la _ avisou e o outro apenas assentiu. Magnus o beijou e beijou de novo e de novo, até não poder mais ficar. Outros beijos aconteceram quando Magnus já estava dentro do carro e Alec debruçado na janela.

O mais velho sentiu seus olhos marejarem, quando viu Alec apenas pelo espelho retrovisor.

***

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora