47 - Eu sinto você

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_ Eu achei que não teria palavras para os meus votos, porque pensei que tinha dito tudo o que sentia por você, quando o pedi em casamento, então passei a buscar em mim os motivos que me fazem amar você todos os dias e descobri que há milhares de coisas que ainda não disse e que acho que vou ter de ficar falando o resto das nossas vidas juntos..._ Alec começou, segurando as mãos de Magnus, diante do altar, montado no salão azul de um hotel requintado, onde acontecia a cerimônia de casamento dos dois. 

O mais velho estava com os olhos marejados àquela altura, e já os tinha quando entrou de braços dados com Catarina. Ver Alec ali, à sua espera, era como encontrar a paz, depois da guerra. Seu sorriso, seu olhar, tudo nele era perfeito e convidativo. 

Nem parecia que haviam estado juntos alguns minutos antes. Sim... os dois não resistiram mais uma vez. Mas, como poderiam?

"_ Preciso ver Alexander!  _ Magnus faloude repentequando Catarina terminava de arrumar o  da sua gravata

Como assim? Agora? Falta pouco mais de uma hora para vocês se casarem. Não dá para esperar para ter um ataque depois?  

_ Não, tenho de vê-lo agora…

Catarina bufou e se afastou. _ Quer saber? Faça o que quiser... vocês dois já burlaram ontem mesmo… _ deu de ombros. 

_ Pode me cobrir? Os irmãos de Alexander não são tão bonzinhos como você. Eles ainda acham que devemos ficar afastados até a cerimônia, e não sabem de ontem..._ pediu. 

_ Ahhhh... não me olha com essa cara de gato de botas…_ ela revirou os olhos, antes de fazer uma careta e ir até a porta. _ Ok...eu vou pedir a Jace que desça até o salão para ajudar nos retoques da organização e chamarei Izzy para me ajudar a arrumar o cabelo, aí você corre e fala com o seu boy. Mas, sabe que não pode demorar…

_ Você é tão maravilhosa, Cat? _ Magnus a abraçou. _ Não é à toa que é a minha madrinha.

Alec estava parado diante do espelho, vestindo apenas um roupão felpudo, quando Magnus entrou, quase correndo, e trancou a porta. 

_ Tã nã... Olha quem chegou!! O homem dos seus sonhos! _ brincou cantarolante, abrindo os braços, recostado na porta.

Alec abriu mais os olhos e correu até ele, o tomando em um dos seus abraços apertados. _ Não acredito que está aqui…eu precisava tanto de você…

_ Por isso estou aqui… mas não pode me sufocar _ falou rindo.

_ Magnus… _ Alec o libertou e o encarou sério. _ Acha que nosso casamento vai dar certo? Porque eu amo você, mas eu não sei... de repente me deu um medo e…

_ Quer adiar? Está inseguro? _ Magnus deslizou a mão pela nuca do noivo, a massageando, por saber que aquilo melhorava sua ansiedade.

_ Eu tenho medo que tudo mude depois casarmos..._ Alec foi sincero em sua insegurança, se afastando, envergonhado por estar dizendo aquilo. _ Eu acredito no seu amor e você sabe o quanto o amo. Só não consigo evitar essa sensação assustadora que está tomando conta de mim _ assumiu, se sentando na cama e cobrindo o rosto com as mãos.

Magnus se aproximou, se ajoelhou na sua frente e afastou as mãos do outro do rosto, enxugando suas lágrimas com a ponta dos dedos. _ Eu senti bem aqui que você precisava de mim, agora.. _ apontou para o próprio coração. _ Sabe por quê? _ indagou e Alec apenas negou com a cabeça, fungando, com o rosto vermelho, parecendo um menino triste. _ Porque nossa ligação é maior do que qualquer convenção social e, se disser agora que não quer subir naquele altar, saímos juntos e vamos, agora mesmo, viajar em nossa lua de mel, continuando nossa vida. 

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora