_ Você não vem dormir? _ Alec surgiu no corredor, vestido em um pijama de malha com calça e camisa com mangas compridas pretas.
_ Estava esperando vocês acabarem o que estavam fazendo..._ o tom dela foi malicioso e Alec jogou uma almofada em seu rosto, sorrindo.
_ Estávamos apenas conversando, sua mente pervertida _ ele se jogou no sofá, empurrando ela para o lado, deitando a cabeça em seu colo, os cabelos úmidos do banho recente.
_ Eu ouvi seus gemidos… _ ela riu. _ Fiquei imaginando o quanto essa 'conversa' devia estar gostosa.
_ Isabelle Lightwood! _ Alec a repreendeu, as bochechas ficando vermelhas. _ Você está muito ousada para o meu gosto. Não era para ter escutado, eu não fiz tanto barulho...
Ela gargalhou alto e fez carinho no rosto do irmão. _ Seu bobo, eu não ouvi nada. Estava blefando e você caiu como um patinho... Meu Deus, vocês estavam fazendo sexo telefônico _ ela riu, vendo o irmão intimidado. _ Wowt… não precisa ficar vermelho.. eu também faço sexo por telefone, todo mundo faz, Alec…
_ Informação demais, Izzy _ ele tapou os ouvidos e fechou os olhos. _ Não quero ficar imaginando isso, por favor… _ ele riu.
Izzy o abraçou em seu colo. _ Gosto quando está feliz _ ele abriu os olhos, a encarando de cabeça para baixo e rindo. _ Seus olhos estão brilhando e você está sorrindo. Magnus faz muito bem a você…
_ Sim, ele faz… quando estou com ele não quero que o tempo passe. Quando conversamos ao telefone, não quero desligar… Às vezes me sinto com 16, 18 anos, de novo. É como redescobrir as cores do mundo, através do multicolorido Magnus Bane _ ele riu muito.
_ Multicolorido?
_ É assim que Valentim o chama _ Alec não conseguia parar de rir. _ Ele faz da minha vida um inferno, mas eu nunca ri tanto dele quanto agora, com essa coisa de chamar Magnus de "amigo multicolorido do Sebastian" _ ele imitou o sogro. _ Valentim achou que eu nunca fosse me reerguer. Aquele idiota…
_ Ele sabia? Sabia como o filho dele tratava você? _ ela perguntou e Alec enxugou as lágrimas de riso, mas não respondeu, apenas assentiu. _ Isso é tão doentio… _ ela bufou.
_ Mas ele não sabia tudo… na verdade ninguém sabe tudo... Philippe era bem dissimulado. Ele era muito diferente na frente dos outros. Valentim sempre achou que eu era um traidor, um cara fácil, por isso o filho dele me mantinha 'na rédea'. Era assim que eles falavam. O pai dava apoio ao filho… Não é à toa que a mãe de Philippe largou tudo e foi embora, assim que os filhos cresceram. Ela não devia aguentar mais Valentim.
_ Philippe devia apenas seguir os passos do pai..._ ela deduziu.
_ Mas, no fundo, eu sei que ele me amava _ Alec falou, brincando com os cabelos da irmã. _ Não era por mal, ele só era ciumento demais, inseguro demais. A autoestima dele era baixa…
_ E por isso ele teve de baixar a sua também? Desculpe, irmão, mas ainda acho que ele era um psicopata _ falou, vendo Alec entristecer. _ Nós meio que perdemos o foco aqui... Estávamos falando do homem lindo que fez você gemer agora a pouco…_ ela voltou a sorrir.
Alec abriu um sorriso largo. _ Eu não estava gemendo…_ negou, as bochechas queimando.
_ Claro que estava. Você admitiu… estava gemendo no telefone. Como vou dormir nessa cama, meu Deus?
_ Você não tem jeito mesmo. Está tudo limpo e trocado…
_ Ainda bem… Quando Magnus vem?
_ Na segunda…
_ Então acho bom eu ir embora na segunda... não quero ouvir gemidos de verdade _ ela provocou e ele riu, cobrindo o rosto da irmã com a mão.
_ Idiota!!!
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Fim de semana na fazenda
RomanceMagnus detestava campo e ar puro. Passar o fim de semana na fazenda do amigo havia sido uma ideia louca e ele pensou em ir embora, assim que colocou os pés lá. Mas isso foi antes de conhecer o homem mais lindo do mundo, que por acaso era o capataz d...