21 - Eu acho...

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_ O que essa garota faz aqui? _ Catarina perguntou, quando acordou no meio da tarde e deu de cara com Camille fazendo as unhas no sofá da sala. Magnus tomava um Martini na sacada, com as unhas recém-feitas pela outra.

_ Longa história… Resumindo, foi despejada e ainda não encontrou lugar para morar. Deixei ficar uns dias, enquanto faz umas propostas de aluguel. Você se importa? _ perguntou.

_ Eu não sou a dona do loft, nem moro aqui em tempo integral, só quando tenho turnos muito próximos e fico com preguiça de ir para a minha própria casa _ deu de ombros. _ Só não esqueça de contar essa novidade para o seu namorado _ apontou o dedo no nariz dele.

Magnus fez uma careta. _ Claro que vou contar para Alexander. A última coisa que eu quero é confusão. Vou falar mais tarde, quando conversarmos à noite…

_ Aquelas ligações que você se tranca no quarto e eu ouço gemidos e sussurros? _ ela provocou, rindo.

_ Essas mesmas… Mas não sei se hoje vai rolar. A irmã dele viajou esta madrugada. Não estaremos à sós. 

_ Você nunca está à sós e isso não o impede…

_ Alexander é novo nessas coisas…

_ Como assim, novo? Em que mundo vive esse seu fazendeiro cowboy?

_ Pare de implicar com o meu homem _ Magnus revirou os olhos. _ Ele apenas vivia voltado somente para o trabalho e nunca havia feito sexo pelo telefone, mas fique sabendo que ele aprendeu bem rápido e estamos indo muito bem. Só não acho que vá querer fazer com a irmã lá. Mas eu ainda vou usar o meu charme..._ piscou um olho.

_ Eu não estou implicando, só não entendo como você foi ficar tão rendido por um cara que parece ser o seu oposto _Catarina opinou.

_ Seu engano começa bem aí, minha amiga. Eu e Alexander somos muito parecidos e acho que mas disse isso.

_ Não consigo ver no que… 

_ Vai ver quando ele vier aqui… 

_ Que vai ser…?

_ Quando tiver de ser… chata! _ Magnus bufou e deixou Catarina sozinha na sacada.

_ Eu também não acho que Magnus combine com o cara da fazenda. Ele não passa de um capataz, um chucro, trabalhador braçal. Ainda não acredito que Magnus está de caso com ele _ Camille se aproximou, tentando cativar a amiga do patrão.

_ E eu acho que você não deve se intrometer na vida pessoal de Magnus, se ainda quiser privar dos benefícios de ser coleguinha dele e trabalhar em sua boate mais famosa. Lembre-se que ele a deixou ficar aqui _ a amiga respondeu, em tom falsamente ameno, se afastando. Camille fez uma careta de nojo.

***

_ Vamos brincar de 'eu acho'? _ Isabelle sugeriu a Alec, os dois deitados frente a frente, o  lençol cobrindo suas cabeças. Era assim que ficavam quando queriam conversar coisas sérias. Mas, quando a coragem não vinha, faziam isso brincando, como Izzy sugeriu, ao perceber Alec muito calado e introspectivo.

_ Está bem, mas você começa… _ ele aceitou.

_ Ok, eu acho que fiz algo muito bom, vindo ver você, porque eu deixei meu orgulho de lado e estou aqui, com a melhor pessoa que eu conheço no mundo _ falou, abrindo um sorriso largo, que ele acompanhou.

_ Essa foi muito fácil..._ Alec acusou, ainda sorrindo. _ Eu acho que fiz... algo ruim, brigando com você e a afastando de mim por tanto tempo… _ falou, beijando a testa da irmã. _ Desculpe, Izzy.

_ Isso não vale. Já resolvemos essa pendência. _ Eu acho que foi uma boa escolha aceitar namorar com Simon, porque ele é bonzinho, me entende e me aceita. E ele é doido para conhecer você.

Fim de semana na fazenda Onde histórias criam vida. Descubra agora