6 - Um homem especial

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A hora da partida se aproximava e Magnus ficava mais ansioso a cada minuto. Jantar havia sido uma tortura. Queria estar com Alec, abraçá-lo, dizer que não iria acabar. Havia dito isso no último encontro? Precisava repetir, se já havia dito.

_ Sebastian, me ajude. Preciso me despedir de Alexander _ pediu, em particular.

_ Pensei que havia sido isso que fizeram a tarde inteira _ o rapaz desdenhou, sorrindo. _ Sexo de despedida..._ suspirou. _ Meu sonho…

Magnus deu um tapinha na parte de trás da cabeça do amigo, que resmungou. _ Quer morrer, garoto?

 _ Eu não disse que era com Alec _ bufou, revirando os olhos. 

_ Preciso abraçá-lo, beijá-lo mais uma vez, antes de irmos _ explicou. 

_ Ele deve aparecer…

_ Não vai… eu sei que não... Ele não gosta de despedidas… _ falou baixinho.

Sebastian entendeu. _ Ok...  vamos dar uma volta. Mas não podemos demorar _ falou, se levantando e pegando a mão de Magnus.

Passaram pela sala juntos. _ Onde vão? Me levem! _ Camille intrometeu-se.

_ Vamos conversar em particular _ Sebastian tentou ser o mais educado que conseguiu.

_ Do lado de fora? _ ela fez uma careta. 

_ Ao ar livre eu penso melhor _ o rapaz atalhou. _ Não vamos demorar, encerrou, arrastando Magnus, que se esforçava para não xingar Camille.

Decidiram ir andando até a casa de Alec, no Haras. Não era longe e o caminho era iluminado. 

A casa era grande e a fachada bonita, mas Magnus sabia que não havia nada lá dentro. Ou quase nada. Apenas a cozinha e o quarto tinha móveis, no restante era apenas o vazio. Quando contou a Sebastian, ele disse que Alec devia ter devolvido tudo, porque ele e Philippe iam arrumar tudo juntos. Os móveis chegaram no dia no enterro do rapaz. 

Magnus andava ansioso, quando viu Alec sentado na mureta da varanda que cercava toda a casa. A luz estava apagada, mas podia ver sua silhueta. Ele bebia uma cerveja. Magnus correu até ele.

_ Bebendo em serviço, capataz? _ provocou, sabendo que o outro não estava em horário de trabalho.

Alec abriu um sorriso bonito, enlaçando sua cintura com uma das mãos, logo o libertando quando viu Sebastian se aproximar. 

_ Fiquem à vontade..  só vim segurar vela mesmo _ o loiro sorriu, acenando._ Vou ficar do outro lado, tenho mensagens a mandar _ avisou, se afastando para a outra extremidade da varanda, longe dos olhos deles. 

Magnus puxou Alec pelos cabelos e o beijou, com violência, sendo correspondido da mesma maneira. Alec o puxou para montar em seu colo e ele foi, sem nunca parar de beijá-lo. 

_ O que está fazendo aqui? Não devia estar indo embora? _ Alec perguntou, entre beijos.

_ Não podia ir sem beijar você…

_ Nos beijamos a tarde inteira…

_ Foi o suficiente?

_ Não…

_ Então me beije…

Os beijos eram tórridos e seus corpos, embora cansados e doloridos pelo esforço concentrado da tarde, pediam atenção novamente.

_ Magnus… _ Alec murmurou em seu ouvido.

_ Eu sei… você está louco para me foder... sei que sou irresistível _ provocou, rebolando em seu colo.

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