_ Você não sabe cavalgar, tem alergia a picada de abelhas e é essencialmente urbano. Tem certeza que isso é uma boa ideia? _ Magnus franziu o cenho, enquanto Alec dirigia seu velho Mustang, animado.
_ Claro que é uma boa ideia… Aquilo foi uma mensagem… Nós temos que passar um fim de semana no campo… Não acha coincidência Sebs ter uma fazenda? _ ele sorria, os olhos fixos na estrada.
Magnus revirou os olhos. _ Alexander, ele tinha falado isso para nós à tarde e à noite você teve o sonho. Não foi coincidência nenhuma, acho que seu sonho foi apenas consequência daquela conversa…
_ Bobo… meu sonho foi muito mais profundo do que aquilo… Ele clareou a minha mente para o que eu quero… Agora eu sei…_ Alec parecia convicto.
Magnus franziu o cenho, um pouco preocupado. _ Alec, baby… você está diferente desde esse seu sonho _ falou.
Alec virou o rosto em sua direção, franzindo o cenho também. _ Você acha que eu mudei? Nós até fizemos… _ então sorriu, cúmplice. _ E eu amei… Você também gostou. Nossa! Mal vejo a hora de fazermos de novo _ seu sorriso cresceu, mostrando os dentes, animado, os olhos agora fixos novamente na estrada e os dedos apertando o volante.
Magnus sorriu, achando graça do entusiasmo do namorado. Sim, finalmente tinham passado da segunda base, depois do fatídico sonho e, sim, havia sido incrível a experiência. Sim, ele também queria fazer novamente, e isso só ainda não havia acontecido, por pura falta de tempo, por causa da semana de provas, e do pai de Alec, que o proibia de sair enquanto tivesse aulas. E não, ele não estava reclamando da "mudança" de Alec depois do tal sonho. Só era estranho…
Alec era retraído e tímido, sempre havia sido assim. Eles se conheciam desde os 13 anos, foram amigos por três anos, estudavam juntos e agora namoravam, há pouco mais de um ano.
Magnus era o extrovertido e elétrico, um verdadeiro furacão, quem tomava as iniciativas e decisões. Alec era observador e calado, uma brisa doce e perfumada.
Desde o sonho, há uma semana, porém, Alec parecia mais firme e cheio de vontades e ideias. Foi de Alec a iniciativa para acabar o jejum de sexo naquele relacionamento. Parecia que ele estava sedento após o sonho, que disse ter muito sexo e prazer entre os dois. E sua performance havia sido irretocável. Alec foi dominante, foi submisso, foi intenso e cuidou de Magnus, com amor e desejo.
Foi ele quem perguntou a Sebastian se podiam passar o fim de semana na fazenda do pai do amigo. Disse que precisavam descansar e aproveitar um pouco, sozinhos, depois das provas finais.
Foi ele quem inventou uma desculpa ao pai e sequer se importou com as reclamações de Robert, que queria que ele o ajudasse a arrumar a cerca do quintal naqueles dias.
Enfrentar Robert havia sido algo novo da parte de Alec, o que deixou Magnus chocado. O pai não aceitava sua sexualidade e, desde que o filho contou, há três anos, passou a ser alvo de sua incompreensão.
Robert o atacava verbalmente e estava sempre o obrigando a fazer serviços pesados, estar com ele em reuniões com os amigos mais velhos, cheias de testosterona, e conversas que embrulhavam o estômago delicado de Alec.
O rapaz odiava aquilo, principalmente porque tomava boa parte dos fins de semana, que era o tempo que tinha para ficar mais juntinho do namorado, mas nunca tinha coragem de dizer um não ao pai. Alec tinha dificuldade com essa palavra, quando seu pai ordenava algo. Magnus sabia que o pai era abusivo e preconceituoso, mas Alec não reagia a ele.
_ Eu disse ao meu pai que vou para faculdade do Colorado, como você _ Alec soltou, de repente, ao se lembrar.
Os olhos de Magnus cresceram e sua mão apertou o braço do outro._ Você vai? Vai mesmo? Mas tinha dito que seu pai queria que ficasse aqui mesmo…
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Fim de semana na fazenda
RomanceMagnus detestava campo e ar puro. Passar o fim de semana na fazenda do amigo havia sido uma ideia louca e ele pensou em ir embora, assim que colocou os pés lá. Mas isso foi antes de conhecer o homem mais lindo do mundo, que por acaso era o capataz d...