—Puta merda!— escutei alguns dos meus colegas de time falarem e franzi meu cenho ao colocar os pesos de 40 kg cada lado que eu antes carregava.
Um a um eles saíram do ginásio, eufóricos e a cochichar igual um bando de mulheres fofoqueiras.
Pensei em voltar a me deitar e continuar o treino, mas a curiosidade foi mais forte que eu. Os segui.
No ginásio estavam todos sentados na arquibancada a olhar fixamente para algo que eu precisei chegar mais perto para ver.
—Puta merda!— não deu para segurar o palavrão que simplesmente escorregou da minha boca.
Fiquei alguns segundos, perplexo, mas logo pisquei e voltei a mim.
—Vão aquecer, bando de filha da puta.— falei alto, autoritário, para meus colegas de time e minha voz chamou a atenção da rapariga que se desceu das barras e olhou confusa para trás.— RÁPIDO. cabrões.— voltei a mandar quando nenhum deles se mexeu.
Todos reclamaram, mas obedeceram.
Quando só estávamos nós na quadra, a menina de cabelos pretos me olhou com o cenho franzido e eu me aproximei dela.
—Eles estavam a assistir-me?— perguntou ainda confusa e eu assenti.
—Não dá pra treinar com algo mais cumprido e menos colado?— tentei olhar só em seus olhos, mas suas tetas grandes chamavam por mim.
—Vocês são pervertidos e a culpa é da minha roupa de treino?— cruzou os braços abaixo dos seios tornando mais difícil não olhá-los e eu engoli seco.
—Não foi o que eu disse.— não queria parecer um escroto.
—Mas foi o que eu percebi, vão se fuder vocês todos!
—É assim que me agradece por vir aqui mandar eles embora?— perguntei irritado.
Kate não me respondeu, apenas voltou para o meio das duas barras e se preparou para ficar de pernas para o ar.
Neguei com a cabeça quando ela me encarou e andei até a porta, mas não fui embora.
A vi erguer seu corpo bonito em um movimento e lentamente afastar suas pernas uma da outra, no ar, ficando como estava antes.
—Foda-se!— respirei fundo e decidi que estava na hora de voltar para o aquecimento.
Meus colegas não estavam no ginásio, tinham ido para o campo de futebol para correr e eu os segui.
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Uma carta para o destino
Teen FictionQuerido Destino, o amor e o ódio, não têm muita diferença quando comparados à água e ao fogo. Ambos, quatro, têm o poder de consumir tudo à nossa volta quando mal usados. É complicado saber quando se está a ultrapassar a linha limite, mas sempre sab...