33. Me assutou!

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Quando meu cérebro religou, minha cabeça doeu e eu fiz carreta antes mesmo de abrir os olhos.

Quando os abri, uma luz muito branca me cegou por alguns segundos, antes que eu pudesse me acostumar.

Vi primeiro seus olhos cor de nada, fixos em mim.

—Deslocou o ombro!— explicou quando percebeu que eu encarava a faixa entre meu braço direito e meu pescoço.— Não foi nada grave, vai ficar bem em alguns dias de repouso.

—Tudo bem!— falei. Nem parecia que antes a ideia de ficar alguns dias sem jogar basquete me deixava surtado.

—Me assustou!— confessou em um pequeno sorriso.

—Desculpa!— pedi.

—Não precisa, mas filho,— meu pai segurou minha mão boa e eu respirei fundo. Era estranho toda aquela demonstração de afecto.— Por isso não quero que jogue profissionalmente. É muito perigoso, não posso correr o risco de te perder, com perdi sua mãe e sua irmã!

—Okay pai!— foi tudo que eu consegui dizer. Meu pai se levantou e me olhou.

—Okay, agora descansa, mandei as meninas para casa, amanhã elas vêem te ver!

—Tudo bem!

Ele saiu do quarto e eu fechei meus olhos. Com sono.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora