22. Bom dia Daniella!

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—SEVEN!— Daniella berrou ao entrar em meu quarto e eu franzi meu cenho, largando meu celular em cima da cama.— Já está pronto?— a morena se assustou um pouco.— Tá doente?— perguntou com o cenho franzido e eu ri, o que pareceu deixar a rapariga de olhos escuros mais espantada ainda.

—Bom dia Daniella!— cumprimentei.

—Bom. Dia!— respondeu ainda com o cenho franzido e eu sorri.

Corri um pouco até meu closet e saí com minha bolsa de treinos. Andei até Dani que me olhava e para sua total surpresa abracei seus ombros.

—O que tem pra comer?— perguntei.

—Preparei uma sopa e batata frita com bacon! A Anabela saiu, o papai e a mamãe saíram!— disse e eu sorri.

Depois de comer, lavei meus pratos e peguei meu celular quando o mesmo tilintou.

Sorri para a tela e andei até a porta, sendo seguido pela morena.

Minhas mãos tremeram, por motivo nenhum e eu respirei fundo. Era estranho, meu estômago borbulhou e eu sabia que era tudo menos fome.

Ela sorriu. Me senti um idiota quando sorri de volta.

Sempre que ela sorria. Eu sorria. Rezei para que ela não tivesse notado.

—Bom dia Wayne!— se desincostou do meu carro e eu segurei sua cintura para beijar seus lábios.— Ai!— reclamou com dor quando a apertei o pouco é eu me afastei assustado.

—Tudo bem?— meu coração estava acelerado.

—Tudo, só caí nos treinos hoje, vai passar!— disse com a mão na cintura e eu franzi meu cenho.

—Posso ver?— perguntei é a morena assentiu.

Segurei a borda de sua blusa e a levantei e porra, como eu queria que estivessemos em uma situação completamente diferente.

—Foi ao hospital?— perguntei mesmo que fosse óbvio que não, visto que continuava com dores e seu hematoma estava bem feio.

—Não precisa!— garantiu.

—Depois das aulas eu te levo!— avisei.— Não era uma sugestão!— olhei em seus olhos e a morena sorriu um pouco.

—Está bem!— de deu por vencida.

Sorri e entramos no carro.

Enquanto dirigia, olhei a morena que mexia meu painel, ela estava a ficar mal acostumada, mas não me importei.

Naquela manhã, quando meu alarme tocou, a primeira coisa que apareceu na minha cabeça foi que eu ia vê-la. Me levantei da cama e fui fazer meus exercícios habituais, os mesmos que eu tinha perdido completamente a vontade de fazer.

Saber que ela estava com dores me deixou assustado, não queria que ela sofresse, fosse pelo que fosse.

—Eu vou ter que ficar de vela todos os dias?— Daniella perguntou, do banco detrás e só aí me lembrei de sua existência.

Eu nem sabia que ela já estava no carro quando dei partida.

—Se quiser vai a pé!— retorqui e a vi revirar seus olhos pelo espelho retrovisor.— É brincadeira maninha!— sorri e pisquei meu olho para ela quando a mesma encarou o espelho.

Olhei a outra morena, que sorriu e entrelaçou os dedos de sua mão, com os da minha.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora