Estava quase na hora de o sinal bater, e ternos-íamos atrasado se eu respeitasse os limites de velocidade, mas não era o caso.
Mandei mensagem para o otário do meu melhor amigo e ele apareceu depois de alguns minutos.
-Tá lindo hoje Wayne!- sorriu para mim.
Franzi meu cenho e me perguntei se aquele idiota teria colocado escutas na minha casa, o que não me surpreenderia tendo em conta a vontade que ele tinha de escutar aquela lagartixa da Stacey a gemer.
Nem sei pra quê.
Nunca tinha escutado, mas com certeza seria tão horrintantepilante quanto tudo nela. Quenga.
-O que foi amor, tá chateado comigo?- fez carinha triste e eu revirei meus olhos.
Hemmet era ruivo, tinha olhos extremamente verdes e sardas bonitas por toda sua cara achatada. Não era tão alto quanto eu, mas era o suficiente para estar na equipa de basquete da escola, da qual eu era capitão.
-Me levou para uma festa no domigo seu caralho!- ralhei.
O sinal bateu, mas nenhum de nós se importou.
Aquilo podia ser tudo muito dramático da minha parte, mas eu realmente estava chateado e aquilo nunca mais devia se repetir.
-E? Não te vi a reclamar quando estavas a dar uma queca.- disse indiferente.
Eh, tinha sido uma boa queca. Mas mesmo assim, ele sabia bem que domigo era o dia que eu tirava para descansar para poder treinar durante os outros dias, e mesmo assim me levou, sem que eu soubesse, para uma festa.
-Vai te fuder!- mostrei meu dedo do meio e o ruivo riu-se.
-Da cá um abraço, meu grande comedor de cona!- abriu seus braços e eu ri, enquanto revirava os olhos e o abraçava.
Como eu já esperva, o puto apertou minhas bundas, ia levar a mão até seu caralho, mas ele preveu meus movimentos e se afastou rapidemente.
-Sempre soube que eras paneleiro, amor, quer pau no cu né!- sorriu para mim, e começou a andar de costas, na direção do portão da escola.
-Te fuder, cabrão!- sorri de volta e Hemmet me mandou um beijo no ar, que eu devolvi no mesmo instante.
-Tchau, gostoso. Te amo!- se despediu.
-Te amo!- falei para que ele ouvisse e o ruivo se virou, e fez um coração do homem aranha.
Todas as segundas feiras, Hemmet tinha aulas do outro lado do pavilhão, o que significava que eu teria ia aturar algum parvo do segundo ano, a sentar-se ao meu lado, a tentar puxar conversa com o capitão do time de basquete, na esperança de que alguém espalhasse o boato de que eles agora são amigos, mas isso nunca acontecia, porque era difícil puxar assunto com o capitão quando seu melhor amigo não estava por perto.
Hemmet era o único que me fazia sentir confortável o suficiente para socializar.
Só de pensar em ter que estar em uma sala cheia de pessoas, sem nenhuma delas ser ele, já sentia minhas mãos tremerem um pouco.
Quando cheguei a porta da sala, respirei fundo e entrei, me esquecendo de bater a porta.
O professor parou de falar, fechei um pouco meus olhos, e respirei fundo.
-Wayne, senta logo!- mandou e eu passei os olhos pela sala, antes de franzir meu cenho, para ser humano que estava sentado no meu lugar.- Wayne.
Revirei meus olhos para ninguém específico e andei até o único lugar vago da sala.
Sorri, o Diabo é sujo.
-Connor.- me sentei ao seu lado.
-Vai-te a merda, cabrão.- xingou, mal humorada e eu ri baixo.
-Vem cá, porquê me odeia, nunca te fiz nada!- me defendi, mas minha voz foi completamente ignorada pela morena que anotava coisas importantes que o professor dizia.
Ergui uma de minhas sobrancelhas em sua direção e fechei seu caderno.
Ela me olhou e eu sorri.
Seus olhos verde-água eram bonitos, como sua cara zangada.
Decidi ficar quieto o resto da aula, a menina de cabelos pretos não parecia estar tão disposta a me aturar quanto nos outros dias.
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Uma carta para o destino
Novela JuvenilQuerido Destino, o amor e o ódio, não têm muita diferença quando comparados à água e ao fogo. Ambos, quatro, têm o poder de consumir tudo à nossa volta quando mal usados. É complicado saber quando se está a ultrapassar a linha limite, mas sempre sab...