—Você sempre implicou comigo, desde que eu cheguei naquela escola!— disse e eu sorri.
—Achei divertido te irritar!— encolhi meus ombros e ela revirou seus olhos verde-água.
—Eu detestava o jeito que tratava a Dani!— confessou e eu engoli seco com as mãos no volante.
—Por isso sempre me tratava mal?— perguntei finalmente entendendo e ela somente assentiu.
—Mas achei fofo que defendeu ela do Marcus!— sorriu um pouco.
—Vocês duas!— corrigi e a morena revirou seus olhos.
—Defendeu nós duas do Marcus!— repetiu e eu sorri.
Era bom estar com ela, sorrir parecia bem mais fácil.
Não era assim com muitas pessoas.
—E faria de novo se fosse preciso!— garanti e a olhei.
Ela sorria. Sorri também e estacionei o carro na porta de sua casa.
Ela desceu. Desci também. Não queria cortar nossa conversa ainda e ela percebeu isso, então andou até mim.
—O que foi? Já se apaixonou?— debochou de mim com um sorriso nos lábios e uma risada alta soou de minha garganta.
—Até amanhã Katie!— a chamei como a Daniella chamava e a morena sorriu mais.
Sem aviso algum, a baixa se colocou na ponta dos pés e abraçou meu pescoço.
Senti meus músculos ficarem tensos por debaixo da camisa social e envolvi sua cintura fina em meus braços grosseiros.
—Gosto mais dessa versão sua!— sussurrou perto do meu ouvido e sem querer apertei sua cintura com a mão.
Ela riu um pouco e se afastou para me olhar.
—Também gosto mais dessa versão minha!— confessei para seus olhos e Kate sorriu.
—Tchau, Wayne!— beijou minha bochecha. E eu ri baixo, quando a morena ia se afastar, segurei sua mão e a seguir seu rosto.
Vi a rapariga fechar seus olhos e sorri, lhe dando um beijo na bochecha.
Kate riu e bateu meu peito, antes de ser por mim beijada.
Quase não me reconheci. Minhas mãos se comportaram, enquanto meus lábios tocavam os seus, sem malícia, aquilo com certeza era novo.
Sua mão apertou um pouco meus dedos e eu jurei que preferia morrer de falta de ar à me afastar de sua boca.
—Tchau, Wayne!— disse de novo, percebendo que eu não ia soltá-la.
—Tchau, Connor!— sorri e escondi a mão nos bolsos frontais da minha calça, a vendo andar até sua casa.
Aquele foi o primeiro beijo que eu comecei e não acabou com alguém deitada na minha cama.
Aquilo era estranho.
Suspirei depois que Kate entrou em sua casa e entrei em meu carro.
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Uma carta para o destino
Novela JuvenilQuerido Destino, o amor e o ódio, não têm muita diferença quando comparados à água e ao fogo. Ambos, quatro, têm o poder de consumir tudo à nossa volta quando mal usados. É complicado saber quando se está a ultrapassar a linha limite, mas sempre sab...