8. Que triste que caiu da escada amigo!

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—Não acredito que eu Comeu ela!— meu melhor amigo disse aparentemente indignado e eu revirei meus olhos, enquanto andava ao seu lado na direção da nossa sala de aulas.— Acha que tenho alguma chance de for para tua casa hoje?— o ruivo perguntou empolgado e eu o olhei.

—Não acabou de se resolver com a Annecy?

—O que uma coisa tem haver com a outra?— perguntou, como o idiota babaca que sempre foi e eu neguei com a cabeça em repreensão mas sem vontade de respondê-lo.

—NÃO PASSAS DE UMA VACA ESQUELELITA!— escutamos gritos e risos quando viramos o corredor e franzi meu cenho para a cena.

Daniella esticou-se numa chapada na cara daquele que era seu crush desde que a mesma tinha chegado à aquela escola.

Marcus Immanuel se virou rápido e devolveu o gesto.

Sem pensar andei a passos largos até ele mas uma rapariga baixinha de olhos verde-água chegou antes e o derrubou com um soco mal deferido.

Quando o rapaz de cabelos lisos ia se levantar, lhe acertei um bem dado no olhou e outros em qualquer parte do rosto.

Eu não tinha intenções de parar, a raiva que eu sentia só aumentava a cada instante que a cena dele a bater na menina pequena gentil passava na minha mente.

Ela não era minha irmã, mas poderia ser. Eu e Dione tínhamos só um ano de diferença o que significava que ela e Daniella tinham a mesma idade.

Poderia ser minha irmã de verdade naquela situação, se eu não a tivesse matado.

—Seven!— meu melhor amigo chamou minha atenção quando quase não se via mais cara no garoto ensanguentado.

Respirei fundo e me levantei. Autocontrolo era importante.

Franzi meu cenho para a multidão que se tinha formado a nossa volta e respirei fundo mais uma vez.

Piguei no saco de ossos pela camisa e seus esforços para tentar escapar de minhas mãos me fizeram rir.

—Nunca mais toca, fala, ou sequer olha para a minha irmã entendeu?— perguntei baixo com o olhar fixo no estrago que tinha feito na cara dele.

Foi uma sorte que o diretor ou qualquer professor não tenha aparecido.

—Que triste que caiu da escada amigo, vamos vou te levar para a enfermaria!— Hemmet sorriu e pegou desajeitadamente o rapaz pelo braço, eu ri, sabia que era só uma desculpa para ele ver a enfermeira que em dias palavras era uma "gostosa e merda" e com quem mantinha uma relação de sexo casual.

Neguei com a cabeça e finalmente levei minha atenção para as duas morenas, uma delas chorava.

—Vocês duas são malucas? O que teriam feito se eu não tivesse aparecido?— perguntei irritado e sem aviso algum, os braços finos da que tinha olhos puxados e escuros me envolveram em um abraço quente.

—Obrigada por me defender, sei que me odeia, então obrigada de verdade.— choramingou enquanto eu forçava meus músculos a relaxarem para lhe retribuiu o abraço.

—Eu teria dado conta!— a outra falou e cruzou os braços.

—Nem um soco sabe dar direito!— zombei.— E,— suspirei, falar de meus sentimentos não era algo que eu fazia lá muito bem.— Eu não te odeio Stich, eu só não posso te deixar ocupar o lugar da Dione, como meu pai fez, não seria justo com minha irmãzinha!

—Eu não quero o lugar dela, Seven,— se afastou para me olhar, com os olhos escuros brilhantes por conta das lágrimas.— E nem o papai a substituiu por mim, não teria como, eu não sou ela e ele sabe.

—Não é o que parece.— soltei.

—Desculpa.— pediu e eu suspirei.

Não era culpa dela, disso tinha a certeza. Porém a raiva é o rancor que havia dentro de mim me impediam de mostrar isso.

Senti uma dor leve no maxilar, antes que meu cérebro pudesse processar o que tinha acontecido, franzi meu cenho e olhei em seus olhos verde-água.

—Pra ver que eu sei dar um soco direito!— disse seria e eu segurei a vontade que senti de apertar seu pescoço e beijar sua boca, invés disso, ri de sua cara.

—Acho que uma criança de 6 anos faz melhor!— trocei e a morena me olhou zangada.— Se quiserem, eu ensino as duas a se defenderem!— propus é olhei Daniella que negou com a cabeça de imediato.

—Não gosto de violência.— justificou e eu franzi meu cenho em sua direção.

—E se uma situação parecida com essa acontecer de novo?— perguntei zangado e a pequena encolhei seus ombros.

—Vou comprar spray pimenta e um teaser!— prometeu e eu assenti, era melhor que nada.

—Okay, mas eu quero aprender a espancar pessoas!— Kate sorriu de forma macabra e eu ri.

—Pra ti, vai ter um preço.— sorri do mesmo jeito que ela antes sorria e a vi revirar seus olhos.

—O que vai querer, Wayne?— perguntou um pouco aborrecida e eu sorri mais.

—Depois te falo, agora vão para a aula!— mandei igual o velho do diretor Carter fazia e elas riram.

—Tem que passar gelo.— antes de ir, Daniella olhou meus punhos e eu assenti.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora