7. Não me provoca Stacey.

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Depois da hora que a família feliz jantava, eu desci as escadas com esperança de não achar mais ninguém acordado.

Puxei a porta de correr e quase que minha alma pula fora com o susto que levo.

—Isso é de quando...— a bruxa loira não terminou, mas continuou a olhar para a cicatriz que consumia desde meu ombro até ao cotovelo do braço esquerdo.— Eita coisa horrorosa, mas até que te deixa sexy.— deu um gole da garrafa de gin que tinha na mão e eu semicerrei is olhos em sua direção.— Quer?— me ofereceu e eu franzi o cenho.

Ela só se embebedava quando meu pai viajava, o que era o caso.

Ignorei completamente sua existência e andei até ao microondas.

—Seu pai é um otário sabia?— riu sem graça e eu assenti ao pegar o prato de lasanha que o anjo que era Anabela tinha deixado para mim.

—Sabia sim!— me sentei e comi sem olhá-la, mas ouvi quando Stacey desceu do balcão e andou até mim.

—Sua mãe tem sorte de estar morta.

No exato segundo que ela terminou de falar, eu agarrava seu pescoço, e apertava seu corpo contra a ilha.

—Lava a tua boca pra falar da minha mãe!— rosnei dentre is dentes e a loira maluca sorriu um pouco.

Quase não percebi o quão próximos nossos corpos estavam um do outro e quando percebi, já era tarde de mais.

Suas unhas cumpridas aranharam meu abdómen e eu respirei fundo, arrepiado.

—Mas que...?— não consegui falar, não com sua mão dentro do côs das minhas calças de moletom.

Mas que merda? Ela tá louca? Não se pode fazer isso com um adolescente de 17 anos cheios de hormónios.

Soltei seu pescoço e segurei a ilha, para me apoiar enquanto sentia minha pernas enfraquecidas.

Respirei fundo e tentei me recompor, era a esposa do meu pai e provavelmente estava bêbada além de que eu a odiava.

Me afastei em um movimento brusco e Stacey sorriu de um jeito maníaco. Ela com certeza estava carente.

Meu pai era ocupado demais para tocar nela.

—Tás maluca ou quê?— perguntei indignado e a mulher simplesmente riu da minha cara.— Não me provoca Stacey.— a apontei e saí dali levando meu prato comigo.

Uma carta para o destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora